Número de multas de trânsito em SP aumenta

Relatório da prefeitura mostra alta de 4,76% em setembro de 2019

São Paulo

O número de multas aplicadas na capital subiu pelo segundo mês consecutivo, segundo levantamento baseado no site Mobilidade Segura, da prefeitura. 

Os dados mais recentes divulgados pela gestão Bruno Covas (PSDB) mostram que foram aplicadas 933.979 em setembro do ano passado, ante 891.500 de igual período de 2018, um aumento de 4,76%.

Anteriormente, o mês de agosto já apontava uma tendência de alta no número de multas aplicadas pela administração municipal (de 901.216 para 914.055, um crescimento de 1,42%).

Covas foi eleito na chapa que contava também com o agora governador João Doria (PSDB). Durante a campanha, uma das promessas feitas pelo ex-prefeito era de acabar com aquilo que chamava de “indústria da multa”. “Milhares de pessoas já perderam sua carteira de habilitação. Isso é ou não é a indústria da multa?”, questionou o atual governador, atacando a gestão Fernando Haddad (PT), em vídeo publicado em 4 de agosto de 2016 no Facebook.

Uma das primeiras medidas tomadas por Doria no comando da prefeitura foi aumentar a velocidade máxima permitida nas marginais Tietê e Pinheiros.

Trânsito na pista expressa da marginal Pinheiros, na zona oeste de SP - Rivaldo Gomes - 19.nov.19/Folhapress

Velocidade

Ainda hoje, multas por radares eletrônicos representam a maioria das infrações flagradas na capital. São praticamente três em cada quatro casos.

Em setembro, transitar em velocidade superior a máxima permitida em até 20% foi a infração mais detectada na capital, representando quase quatro em cada dez multas aplicadas na cidade (351.832). O motorista flagrado é obrigado a pagar R$ 130,16, mais quatro pontos na carteira.

Durante os primeiros nove meses do ano passado, a prefeitura aplicou 7,6 milhões de multas. Apesar da alta em agosto e setembro, o número ainda é inferior aos 8,1 milhões de igual período de 2018.

Ainda hoje, multas por radares eletrônicos representam a maioria das infrações flagradas na capital. São praticamente três em cada quatro casos.

Em setembro, transitar em velocidade superior a máxima permitida em até 20% foi a infração mais detectada na capital, representando quase quatro em cada dez multas aplicadas na cidade (351.832). O motorista flagrado é obrigado a pagar R$ 130,16, mais quatro pontos na carteira.

Durante os primeiros nove meses do ano passado, a prefeitura aplicou 7,6 milhões de multas. Apesar da alta em agosto e setembro, o número ainda é inferior aos 8,1 milhões de igual período de 2018. 

Radar campeão

O radar do complexo Ayrton Senna, sob o parque Ibirapuera (zona sul de SP), segue como aquele que mais infrações registrou na capital, segundo o levantamento baseado no site Mobilidade Segura, da Secretaria Municipal dos Transportes. Entre janeiro e setembro do ano passado, foram 155.173 infrações, uma média de uma multa a cada dois minutos e meio.

Entre maio e agosto de 2019, um único veículo passou 17 vezes pelo radar do túnel Ayrton Senna com velocidade superior a 50% do permitido, sempre no fim da madrugada, das 4h às 5h59. Esse tipo de infração dá multa de R$ 880,41 e mais 7 pontos na carteira de habilitação, que fica suspensa.

Segundo a gestão municipal, entre julho e dezembro de 2018, quando foi implantada a fiscalização eletrônica no local, houve apenas um acidente, ante dez de igual período de 2017. A Secretaria Municipal dos Transportes diz também que o radar está devidamente sinalizado.

No fim de 2019, a prefeitura instalou mais cinco radares em túneis. Um deles no sentindo contrário do próprio Ayrton Senna e os demais na passagem Franklin Roosevelt, Max Feffer e Maria Maluf.

Resposta

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal dos Transportes, afirma que não existe "indústria da multa". Segundo a pasta, todas as medidas, ações, programas e campanhas colocadas em prática pela gestão têm como foco a eficiência do sistema viário e, principalmente, a segurança dos usuários.

A secretaria diz que a fiscalização dos agentes e dos radares é necessária para garantir a segurança, principalmente dos mais vulneráveis, que são os pedestres. A administração diz que diversas ações vêm sendo adotadas neste sentido e que, em abril, a prefeitura lançou o Vida Segura, plano que tem como objetivo tornar a capital uma referência de segurança viária.

A prefeitura diz que é importante constatar que cerca de 80% dos veículos da capital não foram autuados nenhuma vez nos primeiros nove meses de 2019, e que a cidade tem registrado queda de multas anualmente desde 2017, quando foi criado um comitê para implementar ações de melhoria da sinalização.

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