Pais e responsáveis de alunos da rede municipal de educação de São Paulo terão de utilizar um aplicativo de celular para receber os uniformes dos estudantes. As roupas, que antes eram distribuídas diretamente pela prefeitura, neste ano serão retirados pelas próprias famílias em lojas credenciadas.
Com isso, não serão permitidas transações em dinheiro. Serão liberados R$ 215 em créditos no aplicativo por aluno, que poderão ser utilizados apenas para a aquisição dos uniformes. Os pais ou responsáveis deverão ir a uma loja credenciada e, com um código ou outro sistema ainda não definido, sempre pelo aplicativo, fazer a compra do uniforme.
As famílias que não possuem celulares do tipo smartphones receberão um código para realizar a compra do uniforme. Uma das novidades é que as roupas poderão ser adquiridas ao longo do ano letivo inteiro. Além disso, as famílias decidirão a melhor forma de montar o kit, que antes era entregue com uma calça, um moletom, uma jaqueta, cinco camisetas, uma bermuda, cinco meias e um par de tênis.
Segundo o secretário municipal de Educação, Bruno Caetano, "o meio de pagamento deve ser disponibilizado no final de fevereiro, início de março". As escolas recebem os estudantes para a volta às aulas no dia 5 de fevereiro.
Cerca de 660 mil estudantes fazem parte do sistema de ensino da cidade de São Paulo.
A prefeitura irá publicar, nos próximos dias, um edital informando as especificações para que lojas se cadastrem como fornecedores do material. Outro edital será publicado para definir qual empresa administrará o sistema do aplicativo.
Segundo a Secretaria Municipal de Educação, da gestão Bruno Covas (PSDB), "a inovação permite bloqueio contra fraudes, maior transparência e praticidade na prestação de contas".
A Prefeitura de São Paulo cancelou na semana passada a licitação para a compra dos uniformes destinados aos alunos das escolas da rede pública municipal. De acordo com o órgão, foram encontrados problemas em todas as empresas que tentaram se credenciar como fornecedoras do material.
A licitação previa a compra de 660 mil kits de uniforme escolar. O custo estimado necessário para a aquisição era de R$ 130 milhões. Nos testes foram encontradas roupas com material de baixa qualidade, tênis que machucam os pés, entre outros problemas.
Ao todo, 20 empresas participaram da licitação. Todas as candidatas foram desclassificadas ou por não cumprir as especificações exigidas no edital do governo municipal ou por terem sido reprovadas nos testes de qualidade.
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