A Prefeitura de São Paulo, sob gestão Bruno Covas (PSDB), rompeu unilateralmente o contrato de execução do corredor de ônibus Leste-Itaquera, uma das obras prometidas pelo então prefeito Fernando Haddad (PT) para a Copa do Mundo de 2014.
A decisão foi publicada no Diário Oficial da Cidade na edição do último dia 9.
Com investimento de R$ 150,4 milhões, o contrato foi assinado em 19 de julho de 2013 com o Consórcio SP-Corredores, integrado pelas empresas Heleno & Fonseca Construtécnica e Carioca Christiani-Nielsen Engenharia.
Neste contrato, segundo a prefeitura, estava previsto a implementação do corredor de ônibus de aproximadamente 6,1 quilômetros, que ligaria o Terminal Conselheiro Carrão até o Polo Institucional de Itaquera, por meio das avenidas Itaquera e Líder. Além da transposição da avenida Aricanduva sobre a avenida Itaquera (viaduto).
O Agora publicou em 3 de outubro de 2019 que a obra paralisada do corredor, em trecho da avenida Líder que liga à avenida Itaquera, na Cidade Líder (zona leste), trazia série de transtornos aos moradores do entorno.
A gestão Covas tentou retomar as obras, mas também não avançou. O TCU (Tribunal de Contas da União) determinou, em 2018, a paralisação por problemas no processo de licitação e preços superiores aos valores de mercado. No ano passado, em abril, o TCU liberou a retomada da obra no corredor na zona leste, o que não ocorreu.
Resposta
A Prefeitura de São Paulo, sob gestão Bruno Covas (PSDB), disse, por meio de nota, que o contrato com o Consórcio SP Corredores foi rescindido pelo não cumprimento do cronograma de obras. Novo procedimento licitatório está em andamento para conclusão do corredor.
Sobre o funcionamento do corredor de ônibus central, a prefeitura disse que há necessidade da "conclusão das obras em execução". A Carioca Christiani-Nielsen Engenharia disse que não iria comentar.
Procurada por telefone e email na última sexta-feira (10), a Heleno & Fonseca Construtécnica não respondeu aos questionamentos do Agora. A assessoria do ex-prefeito de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad, também não se manifestou.
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