Após denúncias de golpes envolvendo o Albert Einstein, o hospital anunciou que deixou de agendar vacinas e exames laboratoriais em domicílio por meio de aplicativos de mensagem instantânea.
Pelas redes sociais, circularam mensagens informando que supostos criminosos fingiam ser funcionários do hospital para ir até as casas dos pacientes com a intenção de praticar crimes.
Uma das vítimas, uma mulher que não quis ser identificada, estava procurando o serviço para agendar um exame do coronavírus. Ela disse ter recebido no WhatsApp o contato de uma conta comercial do aplicativo que seria atribuída ao Albert Einstein. Por lá, são pedidos dados como nome, endereço, telefone e o pedido médico.
Segundo a vítima, a troca de mensagens ocorreu por volta de 7h da última quarta-feira (18). Passado esse tempo, ela diz que não houve retorno sobre o horário em que o exame seria realizado. No mesmo dia, por volta de 16h, a paciente não estava em seu apartamento quando o interfone tocou. O marido dela atendeu, e a portaria informou que uma pessoa chamada Mariana iria subir para fazer a coleta.
"Neste mesmo instante, ele me telefonou e eu falei que não teve nenhuma confirmação de horário nem valores. Aí ele falou que iria descer para conversar com eles. Nesse momento, o pessoal foi embora", diz.
A vítima afirma que, posteriormente, pediu à portaria as imagens da câmera de segurança para ver se as pessoas eram, realmente, do hospital. "Era uma moça com roupa de ginástica, um rapaz de camiseta, bermuda e chinelo e não tinham nenhuma mala de laboratório, uniforme, crachá, nada. Ou seja, se a gente tivesse deixado subir, provavelmente eram bandidos, que a gente não sabe qual era a intenção", revela.
Por meio de nota, o hospital confirma que não faz mais agendamentos via WhatsApp. Para que os procedimentos domiciliares possam ser feitos, os pacientes devem acessar o serviço "Einstein até você", pelo telefone (11) 2151-1233 e pelo aplicativo Meu Einstein, disponível para download na Apple Store e Google Play.
"Além disso, todos os colaboradores que aplicam vacinas em casa e fazem coleta domiciliar de exames são identificados por uniforme e crachá da instituição", acrescenta o hospital.
A Secretaria da Segurança Pública, gestão João Doria (PSDB) não localizou boletins de ocorrência sobre esse tipo de golpe. Entretanto, a pasta orienta aos cidadãos que utilizem apenas os canais oficiais das instituições para solicitarem qualquer tipo de serviço.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.