Minhocão tem lixo acumulado, buracos e falta de segurança

Elevado também tem pouca sinalização indicando o limite de velocidade máxima para veículos

Fábio Munhoz

Com uma extensão de aproximadamente 3,5 km, o elevado Presidente João Goulart, mais conhecido como Minhocão, é uma das mais importantes ligações entre o centro e a zona oeste. Apesar de sua importância, o Vigilante Agora encontrou problemas de manutenção e conservação.

Caminhando pela parte de cima, é possível notar a presença de lixo acumulado em pequenas valas na lateral da pista. Esses buracos, semelhantes a um bueiro, são destinados ao escoamento da água. Ou seja, a sujeira prejudica a vazão, aumentando o risco de alagamentos e infiltrações.

Minhocão tem lixo acumulado próximo a alça de acesso, na altura da rua Helvetia. - Rivaldo Gomes -25.fev.2020/Folhapress

Aos fins de semana e feriados, quando a via é aberta para pedestres, a limpeza fica ainda mais comprometida, já que alguns frequentadores acabam descartando resíduos pelo chão.

A professora de artes Sandra Valenzuela, 28 anos, costuma ir ao elevado para fazer caminhada e ler livros. Ela diz que em alguns trechos da via não têm lixeiras, o que contribui para o aumento do lixo e até das fezes de cachorros no chão.

Moradora do bairro Santa Cecília, ela comenta também que, às vezes, principalmente à noite, sente-se insegura ao andar por lá. 

A grade de proteção está danificada em vários trechos, colocando em risco a segurança dos pedestres.
O asfalto, em geral, é razoável na maior parte do elevado. Entretanto, foram vistos pelo menos três buracos na via, sendo um no sentido centro, próximo à rua da Consolação, e dois em direção à Barra Funda, próximo ao cruzamento da avenida São João com a rua Helvétia. Há pichações no solo em alguns trechos.

Em relação à sinalização viária, só foi vista uma placa indicando o limite de velocidade de 50 km/h em toda a extensão da avenida. Não há fiscalização eletrônica.

Ao caminhar pela parte de baixo, verificam-se os sinais de infiltração em pilares e vigas, inclusive com goteiras. Em alguns pontos, principalmente na altura da praça Marechal Deodoro, é possível ver a ferragem aparente.

Nos vãos entre as estruturas, percebe-se a presença de vegetação, além de fungos. Um dos pilares, na altura da rua das Perdizes, apresenta uma grande mancha preta de umidade, além de rachaduras.

Resposta

A Secretaria de Infraestrutura e Obras, sob gestão Bruno Covas (PSDB), afirma que está em fase final da contratação de um laudo para avaliação geral da estrutura do elevado. 

Mesmo assim, a pasta assegura que não há danos que comprometam a estabilidade e, portanto, “não representa risco aos motoristas que lá circulam e à população do entorno”.

A respeito da falta de sinalização viária, a prefeitura afirma que há um “trabalho contínuo” para reposição de placas que foram furtadas ou vandalizadas.

A subprefeitura da Sé informa que irá intensificar a varrição manual nos dias em que a via estiver fechada. A pasta diz que a avenida recebe varrição mecanizada duas vezes por semana.

 
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