Ao sentirem no bolso a queda nas vendas no centro de São Paulo, alguns camelôs começaram a comercializar máscaras para quem ainda circula pela região, por causa da pandemia do novo coronavírus.
Por volta das 13h desta quarta-feira (22), o ambulante Antônio Marcos Bezerra, 38 anos, oferecia máscaras descartáveis de TNT por R$ 2 a unidade na rua General Carneiro. Antes da quarentena decretada pelo governo estadual, em 24 de março, ele vendia pen drives.
"Resolvi vender máscaras para conseguir comer todos os dias e pagar meu aluguel. Não sobra dinheiro para nada além disso", lamentou.
Na mesma via a boliviana Geidey Romero, 21, fazia concorrência comercializando máscaras feitas com algodão e tricoline, materiais que podem ser lavados. Cada máscara custa R$ 4,00.
"Vendo por dia uma média de 500 máscaras", afirmou, acrescentando que as vendas ajudam a manter seu marido, pai, mãe e dois irmãos.
Raquel Stucchi, professora de moléstias infecciosas da Unicamp (Universidade de Campinas), afirmou que as máscaras são um complemento à higienização de mãos e o distanciamento social.
Ela também reforçou orientações sore cuidados a serem tomados ao usar as máscaras.
"Nunca coloque a mão diretamente na máscara. Use os elásticos para colocar e tirá-las."
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