As duas vezes em que precisou ir ao Hospital Geral de Pedreira, na zona sul da capital paulista, para se tratar de uma gastrite não resolveram o problema de Florisvaldo Boaventura, de 50 anos. Para piorar, trouxeram um novo problema: a Covid-19.
Para o colocador de pisos, teria sido nessas idas ao hospital que ele acabou se contaminando com o novo coronavírus.Pouco tempo depois, Boaventura começou com primeiros sintomas tradicionais da doença, como tosse seca e febre alta, além de dor nos olhos e vômito.
Examinado no posto de saúde do bairro onde mora, foi avisado que estava com suspeita da Covid-19. Ele ainda ficou quatro dias nesse estado antes de procurar o Hospital de Pedreira.Boaventura conta que ficou muito mal e precisou até usar respirador durante os oito dias em que esteve internado. "Eu estava com muita dor. Era uma dor terrível. Já tive dengue e é um pouco parecido, mas o coronavírus é muito pior. Não foi fácil", lembra.
No oitavo dia de internação no Hospital de Pedreira, Boaventura foi transferido para o Hospital de Campanha do Anhembi, na zona norte da capital, equipado para receber pacientes menos graves. Ficou apenas um dia e recebeu alta. Agora ele dá graças a Deus por não ter passado o vírus para sua família, já que nos quatro primeiros dias da doença ele teve contato com a mulher, Ana, de 47 anos; a filha, Tainara, de 23; e o filho, Thiago, de 11.
"A doença é pior quando está começando. Já liguei para o meu irmão, que mora perto de mim, para ele tomar muito cuidado, usar máscara. Essa doença é muito perigosa", alerta Boaventura.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.