O antigo Hospital Sorocabana, na Lapa (zona oeste), fechado desde 2011, voltará a ter leitos em funcionamento, segundo disse o prefeito Bruno Covas (PSDB), nesta quinta-feira (29).
Ao todo, segundo Covas, a capital paulista terá mais 340 leitos, sendo 100 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), para serem utilizados no combate ao novo coronavírus, com a reabertura de alas de hospitais.
Os três que serão reabertos são: o Guarapiranga (zona sul), Brigadeiro (região central) e o Sorocabana.
O antigo Hospital Sorocabana abriga atualmente uma AMA, um Hospital Dia e um Centro Especializado de Reabilitação. São dois andares ocupados e outros cinco ociosos no local.
Em 2018, o prédio chegou a ser vendido em um leilão do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) para que dívidas trabalhistas fossem pagas. A venda, porém, acabou anulada, pois o estado, que detém parte do terreno, não foi notificado na ocasião.
Ao menos desde 2019, movimentos sociais se uniram para formar um coletivo que luta pela reabertura do hospital. Um imbróglio jurídico, no entanto, impede que ele seja reativado.
Em 2016, o prédio que pertencia ao estado, foi cedido à prefeitura por 20 anos. Desde então, apenas os três serviços municipais de saúde foram instalados.
Segundo a prefeitura, o Sorocabana terá 60 leitos de enfermaria para tratar pacientes com Covid-19. O andar térreo vai se somar à AMA, que já é administrada pelo município.
Também será reaberto o hospital da Guarapiranga, que é o antigo Hospital das Irmãs Hospitaleiras. Ele terá 80 vagas de UTI e outras 60 de enfermaria.
Já a unidade hospitalar na avenida Brigadeiro Luís Antônio surge a partir de uma reorganização de um espaço que era ocupado pela parte administrativa da Secretaria Municipal da Saúde. Serão 20 leitos de UTI e 120 de enfermaria.
Segundo a prefeitura, no início da pandemia eram 507 leitos de UTI na cidade, hoje são 1.007 e, em junho, serão 1.550. A gestão não informou a data de inauguração dos equipamentos.
Segundo balanço divulgado na noite desta quinta pela gestão Covas, que a ocupação das taxas de UTI é de 83%. Na véspera, o índice era de 92%, o maior já atingido nesta pandemia.
A administração foi questionada sobre os valores investidos e se as estruturas permanecerão no sistema municipal de saúde após o encerramento da pandemia, mas não respondeu até a conclusão desta edição.
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