Amores perdidos, correspondidos ou impossíveis. São muitas as histórias de amor contadas em mais de um século de cinema. Nesta coluna, aproveitando o Dia dos Namorados, comemorado na próxima sexta-feira, sugiro sete clássicos norte-americanos apaixonantes.
Todos estão na lista do American Film Institute (Instituto do Cinema Americano) dos cem melhores longas com histórias de amor. Nem todas terminam com final feliz, mas isso não importa. Estão para sempre na memória dos cinéfilos. Assim, espero que aproveitem as sugestões na próxima semana de quarentena do coronavírus. Os preços foram pesquisados no dia 4 de junho.
CASABLANCA (1942)
Não é exagero dizer que “Casablanca” é o clássico dos clássicos. O filme já inspirou inúmeras obras pelo mundo afora, tendo cenas reproduzidas em outros longas e até novelas (o final de “Roque Santeiro”, por exemplo). E a canção “As Time Goes By” embala romances por gerações. No longa, Humphrey Bogart é Rick, um americano dono de um bar em Casablanca durante a Segunda Guerra Mundial. O local é ponto de encontro de refugiados da Europa, que buscam uma forma de chegar aos EUA. O próprio Rick é um deles: fugiu de Paris durante a ocupação da cidade pelos nazistas.
Cínico, ele diz não ter lado, mas faz vista grossa para as negociações de vistos e fugas que ocorrem em seu bar. Como afirma o inspetor Renault, o chefe da polícia de Casablanca, Rick, na verdade, é um sentimental. Isso fica evidente quando chega à cidade o casal Victor e Isla. Ele é um dos líderes da resistência aos nazistas e tenta, ao lado a mulher, ir para os EUA. Como outros refugiados, vão ao bar de Rick para se encontrar com um contato que lhes forneceria vistos. Mas Isla tem um passado com Rick: ela o abandonou após uma história de amor em Paris.
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E O VENTO LEVOU (1939)
No longa, um dos maiores clássicos da história, Vivien Leight é Scarlett O’Hara, jovem de uma família rica no sul dos EUA. Eles vivem na fazenda Tara, onde a garota é o centro das atenções. Quando a Guerra da Secessão explode, os O’Hara ficam pobres e Scarlett se vê obrigada a assumir a chefia da família. Em uma das cenas mais famosas do longa, a jovem, com a terra de Tara nas mãos, diz que nunca mais passará fome na vida. Isso incluirá o casamento com o cínico Rett Butler (Clark Gable), apaixonado por Scarlett. Ela, no entanto, acha que ama outro homem, sem perceber que Ret é seu verdadeiro amor.
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SABRINA (1954)
Neste clássico de Billy Wilder, a jovem Sabrina (Audrey Hepburn) é a filha do motorista de uma família rica. Ela é apaixonada por David (William Roden), um dos filhos do patrão. Após uma temporada em Paris, a garota se transforma em uma mulher estilosa, chamando a atenção de David e do irmão mais velho, Linus (Humphrey Bogart).
Quem vê esse clássico nem imagina as dificuldades que Wilder enfrentou: quando começou a filmá-lo, não tinha um roteiro finalizado. Além disso, Bogart não estava satisfeito, pois considerava-se inadequado para o papel de Linus. Após o sucesso do longa, o ator pediu desculpas a Wilder por seu comportamento no set de filmagem.
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LUZES DA CIDADE (1931)
Charles Chaplin conta neste clássico a história do amor do Vagabundo por uma jovem cega vendedora de flores. Mesmo inocente, ele não hesita em ir para a prisão ao conseguir dinheiro para uma cirurgia que faça a jovem volte a enxergar. O ator dizia ser seu filme preferido entre os que dirigiu. Além do comovente romance, o longa tem sequências inesquecíveis, como as da amizade entre o Vagabundo e um milionário, que só reconhece Chaplin quando está bêbado.
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DOUTOR JIVAGO (1965)
Este romance épico de David Lean retrata a Revolução Russa sob o ponto de vista dos amantes Jivago (Omar Sharif), um jovem doutor de família aristocrata, e Lara (Julie Christie), filha de uma costureira. eles se conhecem nos salões da elite moscovita e, anos depois, se reencontram como médico e enfermeira no atendimento aos feridos durante a revolução. Jivago está casado, tem um filho, assim como Lara. A partir de então, a história do casal terá encontros e desencontros embalados pelo famoso “Tema de Lara”.
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INTERLÚDIO (1946)
No longa de espionagem do mestre Alfred Hitchcock, Ingrid Bergman é Alicia, uma norte-americana filha de um alemão condenado nos EUA por ser espião no pós-guerra. Para fugir da vergonha, ela se refugia em festas e bebida. A jovem é recrutada por agentes do governo americano para uma missão no Rio: se infiltrar no grupo nazista de seu pai, que tem uma ramificação no Brasil. Seu recrutador é Devlin (Cary Grant), com quem inicialmente tem uma relação cínica. Os dois acabam se apaixonando, mas a missão de Alicia põe o romance à prova.
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NOW: R$ 3,90 (aluguel)
TARDE DEMAIS PARA ESQUECER (1957)
Cary Grant e Deborah Kerr estrelam este longa de Leo McCarey. Grant é o playboy conquistador Nickie, assíduo frequentador de revistas e programas de fofocas, que conhece a ex-cantora Terry (Deborah) em um cruzeiro até a Europa. Ela sabe da fama de Nickie e resiste às investidas dele com ironias e presença de espírito. Mas os dois se apaixonam e ao final da viagem prometem se encontrar seis meses depois, no Empire State, em Nova York, se ainda se amarem.
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iTunes: R$ 9,90 (aluguel) e R$ 29,90 (compra)
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