Concessionárias e escritórios puderam reabrir ao público nesta sexta-feira (5), mas o movimento dos estabelecimentos foi baixo e alguns locais ainda preferiram manter o atendimento de forma remota, pela internet.
A gestão
Na avenida Luís Ignácio de Anhaia Mello, na Vila Prudente (zona leste), onde funcionam concessionárias de veículos, vendedores, usando máscaras, higienizavam carros, preparando-se para atender clientes. Duas lojas visitadas pela reportagem contavam com termômetros para aferir a temperatura a distância, cumprindo determinação da prefeitura.
Usando máscara, o vendedor Marcos Ricardo Pereira, 44 anos, atendia pessoalmente seu primeiro cliente, desde a decretação da quarentena, em 24 de março. O negócio, no entanto, foi agendado previamente pela internet.
Ele afirmou que, durante a quarentena, realizou mais negócios remotamente em relação às transações feitas pessoalmente na concessionária. “A pandemia acelerou um processo que já se mostrava eficiente, que é usar a internet para deixar as negociações mais rápidas”, afirmou.
Pereira ressaltou, no entanto, que a loja está adaptada para receber clientes, garantindo a segurança deles contra o novo coronavírus. O movimento, no entanto, foi quase nulo.
Escritórios também voltam ao batente
Além das concessionárias, os escritórios também puderam reabrir nesta sexta. Mas também foram cautelosos nesta volta. Muitos ainda optam pelo home office.
A advogada Gisela Freire concorda que a pandemia da Covid-19 mudou a forma como as pessoas trabalham. Antes da quarentena, ela não acreditava na eficiência do home office, mas a prática provou-lhe o contrário. “Na advocacia, tínhamos o modelo tradicional de ir à sala de outra pessoa para conversar. Também fazia muitas viagens. Neste momento, porém, todos os trabalhos são feitos por meio da internet.”
Ela destacou achar importante ainda o contato direto entre colegas de trabalho, mas acrescentou que o home office agiliza e barateia procedimentos feitos anteriormente tête-à-tête.
Gisela acrescentou que os cerca de 300 funcionários do escritório Cescon Barrieu, do qual é sócia, vão continuar trabalhando de casa pelo menos até o próximo dia 15. “Poderíamos volta já hoje [sexta], pois está tudo adaptado. Mas preferimos ir com calma”.
A advogada também é presidente do Sinsa (Sindicato das Sociedades de Advogados de São Paulo e Rio de Janeiro) e por isso esteve reunida com o prefeito
Regras
Ficou definido que as concessionárias e escritórios poderão funcionar quatro horas por dia, desde que este período não coincida com o horário de pico (7h às 10h e 17h às 20h). O público será limitado a 20% da capacidade do local. Também ficou definido que os funcionários permanecerão no sistema de trabalho home office nos casos em que isso for possível.
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