O segurança Josimar Santos da Silva, 34 anos, foi morto a tiros quando aguardava para dar carona a uma colega de trabalho, por volta das 23h desta quinta-feira (30), em um posto de combustíveis de Osasco (Grande SP). O suspeito do crime não havia sido preso até a publicação desta reportagem.
A colega de Silva, uma vendedora de 46 anos, disse à polícia que o segurança sempre a levava para casa, após o fim do expediente no posto de combustíveis, localizado na avenida Padre Vicente Melillo. Por causa disso, ele costumava aguardá-la dentro do veículo.
Na noite deste quinta, como rotineiramente fazia, a mulher foi até o carro do colega, um Ford EcoSport, e abriu a porta do lado do passageiro. Porém, desta vez ela deparou, ainda de acordo com seu depoimento, com um homem armado, usando capuz, que conversava com o segurança no interior do veículo. "Aguarda aí, calma aí, fecha a porta", disse a vítima, conforme a vendedora falou à polícia.
Logo após, a mulher afirmou ter ouvido dois tiros. Em seguida, o homem encapuzado desembarcou do carro, deu mais um tiro no segurança e fugiu. Silva foi atingido três vezes na cabeça e morreu no local.
A mulher da vítima, uma supervisora de 29 anos, afirmou no 5º DP de Osasco que seu marido tentou intermediar a negociação de um amigo dele, que estaria endividado com um suposto agiota. O valor devido, porém, não foi informado. "[A vítima] teria garantido o pagamento da dívida. Porém, neste momento a testemunha [mulher do segurança] diz não se recordar dos nomes das partes", diz trecho de boletim de ocorrência.
A supervisora ainda disponibilizou à polícia mensagens trocadas entre o companheiro e pessoas envolvidas na negociação da dívida. A polícia investiga se esta seria a motivação para o crime, que foi registrado como homicídio simples.
O número de vítimas de assassinato cresceu 68,4% em Osasco, quando comparados os 32 casos do primeiro semestre deste ano, com o mesmo período do ano passado. No 5º DP da cidade, ainda considerado o período, somente uma pessoa foi morta este ano, o mesmo e a mesma de 2019, segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), gestão João Doria (PSDB).
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