Cidade de São Paulo supera marca de 300 mil infectados pela Covid-19

Boletim divulgado na noite desta quarta-feira aponta que na capital paulista 300.843 pessoas contraíram o novo coronavírus, mais que Itália ou Alemanha

São Paulo

A cidade de São Paulo ultrapassou a marca de 300 mil infectados pelo novo coronavírus, segundo boletim divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde na noite desta quarta-feira (2).

Segundo a gestão Bruno Covas (PSDB), desde o primeiro caso da doença, em 26 de fevereiro, 300.843 pessoas tiveram a confirmação da Covid-19 na capital paulista. Ou seja, a marca foi atingida em pouco mais de seis meses, em 189 dias, desde o primeiro registro.

O município tem ainda outros 350 mil casos sendo monitorados, de acordo com o balanço divulgado pela secretaria.

A marca de 100 mil casos na capital paulista foi atingida em 16 de junho, há 78 dias.

Aglomeração de pessoas em Sapopemba, na zona leste de São Paulo, distrito que concentra o maior número de mortes na cidade - Rivaldo Gomes - 9.jun.20/Folhapress

A cidade de São Paulo concentra 7,5% dos casos confirmados da doença no país. O Brasil atingiu nesta quarta a marca de 4.001.422 contaminados, passando assim, pela primeira vez, a marca de 4 milhões de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus.

Para efeito de comparação, a cidade de São Paulo tem mais infectados que países como Itália e Alemanha — 271.515 e 247.411, respectivamente— , segundo a universidade americana Johns Hopkings. A capital paulista soma mais casos que os sul-americanos Bolívia (117.267), Equador (115.457) e Venezuela (47.756) juntos, que somam 280.480 registros da doença.

Atualmente há 1.224 pessoas internadas com a Covid-19 em leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) de hospitais municipais ou contratados pela prefeitura.

Segundo o boletim divulgado pela gestão Covas, a capital paulista soma 12.396 mortes confirmadas pelo novo coronavírus. Há outros 5.757 óbitos sob investigação.

03.09 Mortes na Capital | Covid-19
Arte Agora

Outro balanço desta quarta-feira da Secretaria Municipal da Saúde mostra que Sapopemba (zona leste) passou soma 505 mortes confirmadas e suspeitas causadas pelo novo coronavírus . O distrito da zona leste pela primeira vez ultrapassa a marca de 500 óbitos.

A zona sul da capital paulista tem sete distritos entre os dez com mais mortes no município.

Segundo o mapa, o distrito de Marsilac (extremo sul da cidade) é o que tem menos mortes, apenas 14. A Barra Funda, na região central, também tem um índice baixo, com 26 óbitos.

Resposta

A Secretaria Municipal da Saúde, da gestão Bruno Covas (PSDB), diz que vem realizando diversas ações para o enfrentamento ao coronavírus na capital.

"Antes mesmo que a epidemia ultrapassasse as fronteiras da China, a SMS iniciou a qualificação da rede de assistência e capacitação de profissionais de saúde, que atuaram com multiplicadores das boas práticas em mais de mil equipamentos da rede municipal, principalmente, nas comunidades paulistas. Além disso, eles foram atualizados sobre a situação epidemiológica, manejo clínico, biossegurança, esclarecimento de dúvidas e recomendações técnicas preconizadas pelo Ministério da Saúde. Houve também intensificação das visitas domiciliares pelas Equipes de Estratégia Saúde da Família, com o objetivo de trabalho educativo e identificando em tempo oportuno os sintomáticos respiratórios. Foram coletadas informações junto às famílias cadastradas pelas ESF, garantindo a vacinação casa a casa para idosos e acamados, além de checar a possibilidade de distribuição de insumos nestas residências", diz trecho de nota da pasta.

A secretaria diz que foram instituídos mecanismos para monitoramento semanal das populações mais vulneráveis, dentre elas, as pessoas com doenças crônicas, através de contatos telefônicos ou presencialmente.

A nota afirma ainda que "mais de 530 mil pacientes já foram monitorados pelas equipes das Unidades Básicas de Saúde da cidade, entre pessoas com sintomas leves e moderados diagnosticadas com a Covid-19". E que a atuação consiste no monitoramento telefônico diário dos casos, por um período de 14 dias. Se não há contato, as equipes realizam visitas domiciliares.

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