Descrição de chapéu Eleições 2020

Panfletos de candidatos lotam calçadas perto de locais de votação em SP

Eleitores que chegavam reclamavam do risco de queda e da sujeira

São Paulo

Panfletos de candidatos lotaram ruas e calçadas de vários locais de votação de São Paulo neste domingo (15), primeiro turno das eleições municipais.

Em volta de dois pontos de votação na zona leste, nas escolas Santa Catarina, na Mooca, e Cidade de Hiroshima, em Itaquera, as ruas próximas estavam tomadas de "santinhos" de candidatos. Muitos dos eleitores que passavam reclamavam e apontavam o risco de queda.

Funcionários do Colégio Santa Catarina, na Mooca, zona leste de São Paulo, varrem panfletos com propaganda de candidatos - Rivaldo Gomes/Folhapress

A bancária Renata Lapa, 46 anos, acompanhou a mãe, Ivani Lopes, 82 anos, na votação em Itaquera. "Tenho muita vontade de votar", diz a idosa. Para ela, que tem dificuldade de locomoção devido a uma cirurgia no joelho, os panfletos espalhados pelo chão são um risco.

"Isso é muito ruim, mas é algo que não sei se vai mudar", afirma a filha. Na porta principal do colégio, funcionários varreram o excesso de papéis, mas eles se espalhavam pela rua e outras calçadas.

Em dois colégios visitados na tarde deste domingo (15) --Mackenzie, em Higienópolis, na região central, e o Conselheiro Antonio Prado, na Barra Funda, na zona oeste--, as calçadas estavam limpas.

Do lado de fora da escola Cidade de Hiroshima, a reportagem do Agora viu quatro pessoas distribuindo as propagandas e abordando eleitores que chegavam, o que não é permitido pela lei eleitoral. Uma delas estava bem à frente do portão de entrada.

No Centro Universitário Anhanguera, no Campo Limpo, zona sul de São Paulo, as calçadas também estavam cheias de "santinhos" de candidatos. Parte do material foi recolhido e colocados em sacos de lixo.

A reportagem questionou o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) sobre o cumprimento da lei eleitoral e coibição de práticas ilegais e aguarda retorno.

Mackenzie tem movimento intenso e medição de temperatura

A Universidade Presbiteriana Mackenzie, em Higienópolis, região central de São Paulo, teve movimento intenso de eleitores na tarde deste domingo (15). Muitas filas se formavam na entrada das seções, e fiscais tentavam organizar o fluxo para diminuir as aglomerações.

Pela manhã, a instituição realizou, além dos protocolos estabelecidos pelo TSE, medição de temperatura no acesso dos eleitores. Segundo nota enviada pela universidade, isso foi acordado com a Justiça Eleitoral por ser "parte do protocolo de saúde para toda e qualquer pessoa que entre em suas dependências."

O texto afirma que a medição não restringia o acesso de pessoas que tivessem temperatura indicando febre.

À tarde, quando a reportagem do Agora esteve no local, o procedimento não era mais realizado. De acordo com a nota, no meio da manhã o TRESP pediu ao Mackenzie que parasse a aferição.

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