Descrição de chapéu Coronavírus

Parques municipais têm horário menor que os estaduais

Novas regras da quarentena restringiram funcionamento de espaços de lazer em São Paulo

Clayton Freitas
São Paulo

As mudanças em vigor desde a última segunda-feira (25) do Plano São Paulo deixaram de fora os parques estaduais localizados na capital, que continuam a operar em horário normal, ao contrário do comércio, que só pode abrir durante oito horas.

A justificativa foi a de preservar as atividades físicas dos frequentadores que utilizam o espaço, segundo o governo João Doria (PSDB).

O entendimento difere da decisão da administração Bruno Covas (PSDB), que considera o limite de 8 horas diárias e uniformizou o funcionamento dos mais de 100 parques municipais das 8h às 16h.

Com isso, um frequentador do parque Villa-Lobos/Cândido Portinari, pode ir ao das 6h às 19h, durante 13 horas consecutivas do dia, enquanto os usuários do Ibirapuera só podem se valer do espaço durante 8 horas seguidas: das 8h às 16h. Ambos fecham aos sábados, domingos e feriados, conforme prevê determinação em todo o estado.

Em nota, a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do estado disse que a decisão ocorreu após “revisões de protocolo no âmbito do Plano SP em conjunto com o Centro de Contingência ao coronavírus”.

“A medida ocorre em razão de os frequentadores que usarem o espaço para atividades físicas. Uma nova avaliação será realizada na sexta-feira (29)”, diz o texto.

A Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, gestão Bruno Covas (PSDB), afirma que a prefeitura verifica a possibilidade da ampliação dos horários dos parques municipais.

28.01 - Nas Ruas -  Plano São Paulo
Arte Agora

Equipamentos culturais

Apesar de não alterar os horários dos parques públicos, o Estado resolveu limitar o horário de funcionamento de todos os equipamentos culturais em no máximo oito horas de funcionamento, tais como Masp, MIS (Museu da Imagem e do Som), Pinacoteca, Museu Catavento e Fábricas de Cultura.

Com o fechamento da Fábrica de Cultura da Sapopemba aos finais de semana, Vinícius Mariano, 19 anos, integrante do grupo de street dance OFC, terá de levar os 11 integrantes do grupo para ensaiar na garagem de casa ou em algum outro cômodo. “Os melhores horários eram de sábado. Agora o jeito é treinar em casa mesmo”, afirma.

Outra frequentadora do local é a estudante de biomedicina Jennifer Ferreira, 22 anos. Durante a semana ela participa do ateliê de contrabaixo acústico, aos sábados, integra o musicando, que inclui apresentações em grupo. Ela lamenta o fato de não poder participar do grupo aos sábados, porém, diz entender a situação da pandemia. “Lá [Fábrica de Cultura da Sapopemba] é um lugar que onde todos seguem à risca os protocolos e sempre estão nos dando instruções. São muito cuidadosos e o público que comparece ao local respeita as normas”, afirma.

Logo na entrada do prédio, todos precisam medir a temperatura e devem esfregar os pés nos tapetes sanitizantes. Álcool em gel estão disponibilizados em vários locais e todos os instrumentos usados passam por higienização.

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