Descrição de chapéu Coronavírus

Capital paulista tem medicamentos para intubação para mais dez dias

Prefeitura aguarda chegada de novos kits com anestésicos e relaxantes musculares ainda nesta semana

São Paulo

O estoque de medicamentos necessários para a intubação de pacientes com Covid-19 na rede municipal da capital paulista é suficiente para só mais dez dias. O kit é composto por substâncias como anestésicos, relaxantes musculares. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (31) pelo secretário adjunto de Saúde da capital, Luiz Carlos Zamarco.

"Nós fizemos uma aquisição e recebemos os medicamentos no final da semana passada. Então nós temos um abastecimento garantido por dez dias na cidade de São Paulo e temos ainda novas compras que estão para ser entregues nesse período", afirmou Zamarco, que integra a administração do prefeito Bruno Covas (PSDB).

Paciente em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para tratamento da Covid-19 - Mariana Goulart-10.mar.2021/Folhapress

Segundo Zamarco, há previsão de entrega de novos lotes de medicamentos ainda nesta semana. "Por enquanto, se todas as nossas compras forem entregues pelos fornecedores, nós não teremos problema de abastecimento", afirmou o secretário adjunto.

A afirmação foi dada durante evento no hospital municipal Capela do Socorro (zona sul) para a entrega da primeira de 19 mini usinas geradoras de oxigênio que serão instaladas em unidades de saúde da cidade. Juntas, elas terão capacidade para produzir 9.000 metros cúbicos de oxigênio por dia, o que equivale a 900 cilindros.

Mini usinas que serão instaladas em 19 unidades de saúde da capital paulista têm capacidade para gerar 30 metros cúbicos de oxigênio por hora - Fábio Munhoz/Folhapress

De acordo com Zamarco, cada usina produz 30 metros cúbicos de oxigênio por hora, o que é suficiente para abastecer 30 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A previsão é de que todas sejam entregues até o dia 30 de abril.

O secretário adjunto diz que as usinas foram instaladas para evitar falta de oxigênio em hospitais e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). "Nós fomos chamados pelas empresas de oxigênio relatando a dificuldade que eles tinham na logística para abastecer a nova demanda de oxigênio no município de São Paulo. Com o aumento de demanda, eles falaram que não iriam conseguir abastecer a quantidade de leitos que nós estávamos aumentando.

Na mesma entrevista coletiva, Zamarco negou que a cidade tenha modificado protocolos para diminuir a quantidade de oxigênio utilizada em cada paciente. "Não podemos, inclusive, nem pedir isso para um profissional médico porque ele vai seguir sempre o que está na literatura para o tratamento", garantiu.

Zamarco afirma que o que houve foi uma orientação aos profissionais de saúde para que revejam alguns procedimentos com o objetivo de evitar desperdício de oxigênio.

Prefeitura descarta novos hospitais de campanha

Neste momento, a prefeitura de São Paulo não planeja reativar os hospitais de campanha no município. Segundo Zamarco, a quantidade de novos leitos abertos recentemente pela administração municipal para pacientes de Covid-19, seja em UTI ou enfermaria, já supera a quantidade de vagas que eram oferecidas nos equipamentos emergenciais que funcionavam no estádio do Pacaembu e no complexo do Anhembi.

Na semana que vem, diz o secretário adjunto, entrarão em funcionamento mais 200 leitos (180 de enfermaria e 20 de UTI) em um campus da universidade Uninove.

No dia 8 de março, o governo de São Paulo, gestão João Doria (PSDB), anunciou a implantação de 11 hospitais de campanha em todo o estado. Os equipamentos funcionarão dentro de estruturas já existentes, como hospitais ou AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades).

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