Vans, incluindo as que fazem transporte escolar, contratadas para o carregar corpos de vítimas da Covid-19 em São Paulo, já começaram a ser preparadas para o trabalho de atendimento aos serviços funerários da capital paulista. Os primeiros condutores treinados para a função já começaram o trabalho nesta terça-feira (30).
Ao liberar a contratação de veículos particulares para o serviço por conta do crescimento no número de sepultamentos, a Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), contratou emergencialmente a empresa Era Técnica Engenharia Construções e Serviços, responsável pela locação dos carros e que fez a oferta aos condutores escolares.
Sobre a contratação de veículos que transportam crianças para a escola, a empresa diz que "a contratação de vans foi direcionada ao tipo de veículo, independente da atividade pregressa para a qual foram utilizadas".
Por meio de nota, a empresa diz que "para o início dos serviços, foi necessário: remover qualquer identificação ou acessórios que caracterizassem outra atividade; instalação de película escura nos vidros; desmontagem interna do veículo e instalação de chapas de isolamento. No encerramento, será retirada a identificação provisória e as divisórias de isolamento, recolocados os itens inicialmente removidos, e será feita a higienização de cada veículo, por empresa especializada”,
A empresa também diz que foram selecionados os carros, com motorista e um ajudante, ambos contratados formalmente. “Serão fornecidos ao longo de 30 dias EPIs [Equipamento de Proteção Individual] para ambos, a saber, 400 uniformes, 200 pares de botas, 900 macacões, 900 luvas e 900 máscaras, além de álcool gel e material de limpeza e higienização de uso constante".
Com essas providências, ainda de acordo com a nota, e seguindo protocolos adotados internacionalmente, “será possível atender à demanda emergencial de serviços funerários da cidade de São Paulo, com segurança”.
Após um ano sem trabalho, alguns condutores de vans escolares aceitaram o trabalho pela necessidade financeira, mas temem sofrer represálias dos pais de alunos ao retornarem para o ambiente escolar.
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