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Polícia fecha festa com 150 pessoas aglomeradas na zona leste de SP

Em cerca de 12 horas, ação conjunta localizou 11 eventos ilegais e realizou 294 dispersões na capital paulista

São Paulo

Cerca de 150 pessoas aglomeradas participaram de mais uma festa clandestina, descoberta durante operação conjunta de agentes da segurança e da saúde, na madrugada desta terça-feira (30), em uma tabacaria na Vila Formosa (zona leste da capital paulista). Em cerca de 12 horas, a força-tarefa identificou 11 festas clandestinas e realizou 294 dispersões na capital paulista, até a manhã desta terça-feira (30).

Em depoimento à polícia, a recepcionista da tabacaria, de 21 anos, afirmou ter avisado o dono do local, de 39 anos, sobre a chegada da polícia, por volta da meia-noite -- duas horas após o início de uma festa, com previsão de término por volta das 5h, ainda conforme relatado pela jovem.

Após ser alertado, de acordo com a polícia, o responsável pelo espaço orientou os clientes a saírem da tabacaria. Por isso, o estabelecimento foi encontrado vazio quando agentes chegaram ao local.

Parte dos clientes foi até a praça Nossa Senhora das Vitórias, onde permaneceu até a chegada da polícia. Ao todo, 47 pessoas foram encontradas na parte externa da balada e, em seguida, levadas para a tabacaria onde ocorria a festa -- interrompida antes da chegada das equipes de fiscalização. Após o flagrante e já dentro do espaço, 18 clientes insistiram em permanecer sem máscaras de proteção.

Jovens tapam os rostos dentro de tabacaria onde ocorria uma festa clandestina, na madrugada desta terça-feira (30), na Vila Formosa (zona leste da capital paulista). Cerca de 150 pessoas estariam no evento ilegal, segundo a polícia - Divulgação/Polícia Civil

À polícia, o comerciante assumiu a responsabilidade pela abertura ilegal do seu comércio, alegando ter feito isso "pela necessidade de manter o estabelecimento em atividade e devido a uma ação de despejo por falta de pagamento". Ele afirmou estar ciente da proibição de atendimento ao público, por causa da pandemia da Covid-19, responsável por mais de 300 mil mortes no país.

Dentro da tabacaria, a polícia encontrou narguilés (cachimbo de origem oriental, usado para fumar tabaco), drinks inteiros deixados pelos clientes, após saírem às pressas da balada, além de comprovantes de pagamento das bebidas.

O DJ que iria se apresentar na festa já foi flagrado em outro evento irregular, na semana passada, segundo o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, diretor do Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas). “A punição para este tipo de crime é muito branda. Acabamos com duas festas desse DJ, em cerca de uma semana. Isso é impressionante.”

Em depoimento à polícia, o DJ afirmou que receberia R$ 400 para se apresentar até as 5h desta terça-feira, caso a festa não tivesse sido encerrada pela ação conjunta entre as polícias Civil, Militar, Vigilâncias Sanitárias estadual e municipal, além da GCM e do Procon.

Das 47 pessoas que foram fichadas pela polícia, dez foram encaminhadas para prestar depoimento, entre elas o proprietário da tabacaria, no DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania).

Também foram apreendidos dois rádios transmissores, usados para a comunicação entre o segurança do local com pessoas de dentro da festa, cinco máquinas de cartões, os equipamentos do DJ, um notebook, além de três celulares.

Balada com aglomeração em chácara

Em Suzano (Grande SP), cerca de 120 pessoas foram flagradas aglomeradas, e sem máscaras de proteção, em uma festa clandestina, por volta das 16h desta segunda-feira (29), em uma chácara na região rural. No estacionamento do evento, foram encontrados mais de 40 veículos, com placas da capital paulista e cidades do ABC.

Por meio das redes sociais, a Secretaria da Segurança Cidadã de Suzano, gestão Rodrigo Ashiuchi (PR), identificou a organização do evento. Com base na investigação feita pela internet, o governo foi ao local do evento acompanhado pela Vigilância Sanitária, Polícia Militar, Departamento de Fiscalização de Posturas e GCM (Guarda Civil Municipal).

Após constatar o evento clandestino, além de dispersar os participantes, a GCM encaminhou o responsável pela festa, assim como o dono do espaço, até a delegacia da cidade, onde ambos prestaram depoimento e foram liberados. A chácara foi interditada.

“Estamos vivendo um dos piores cenários da pandemia e é triste ver essa exposição, tendo idosos e crianças em festividades com aglomeração. É preciso reter aqui para que possamos ter um ‘alívio’ na outra ponta, que são os atendimentos dos profissionais da saúde e as internações de pessoas infectadas pelo vírus”, destacou o prefeito de Suzano, por meio de sua assessoria de imprensa.

Cerca de 120 pessoas foram flagradas aglomeradas, e sem máscaras de proteção, em uma festa clandestina, por volta das 16h desta segunda-feira (29), em uma chácara na região rural de Suzano (Grande SP). No estacionamento do evento, foram encontrados mais de 40 veículos, com placas da capital paulista e cidades do ABC - Divulgação/Prefeitura de Suzano
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