Ao menos um suspeito, ainda não identificado, furtou dois canos de cobre usados para abastecer uma unidade de saúde do Guarujá (71 km de SP) com oxigênio. O insumo era destinado a pacientes com Covid-19. O crime ocorreu por volta das 9h20 desta quinta-feira (8).
Ao todo, 18 pessoas que estavam internadas por causa do novo coronavírus foram afetadas. Nove delas precisaram ser transferidas para evitar risco de morte, informou a Secretaria Municipal da Saúde, gestão Válter Suman (PSB). A pasta não disse para onde essas pessoas foram levadas.
Um administrador da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Rodoviária disse, em depoimento à polícia, ter ouvido um barulho que veio do lado de fora do posto. Ao sair para verificar o que acontecia, o homem afirmou ter flagrado um suspeito correndo.
Após isso, o funcionário público constatou que cerca de dois metros de canos de cobre, do duto geral de oxigênio que abastece a unidade, haviam sido levados.
Além do furto, a Secretaria Municipal da Saúde da cidade litorânea afirmou que “uma porção pequena” do encanamento que distribui o oxigênio à unidade foi destruída. “O problema foi percebido quando profissionais da unidade notaram uma redução anormal no volume do insumo que chegava aos pacientes”, diz trecho de nota.
Nos pacientes que permaneceram na UPA, localizada no bairro Vila Santo Antônio, foram utilizados cilindros de oxigênio, com o intuito de manter o quadro de saúde deles estabilizado até a reativação do sistema que, segundo a prefeitura, já voltou a funcionar "plenamente.”
A segurança do local também foi reforçada, segundo o município, por agentes da Guarda Civil Municipal. Além disso, o governo afirmou que irá investir na ampliação de câmeras de monitoramento da unidade.
O caso foi registrado como furto e dano ao patrimônio na Delegacia Sede de Guarujá, que trabalha para identificar o autor do crime.
Até esta quinta-feira (8), segundo a Prefeitura do Guarujá, os leitos públicos para tratamento de pacientes com sintomas compatíveis com a Covid-19 estavam com 70% de ocupação, dos quais 68% em enfermaria e 80% em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Desde o início da pandemia, 16.442 pessoas testaram positivo para o novo coronavírus na cidade, sendo que 716 morreram.
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