Missão. Bravura. Honradez.
O coronel Hindemburgo se orgulhava.
—Essa medalha aqui, eu ganhei em Israel.
O estágio naquele país deixava saudades.
—Toda mulher lá faz serviço militar.
A voz de Hindemburgo assumiu tons confidenciais.
—Belíssimas, meu caro. Belíssimas.
O amigo dele se chamava Solano.
—Não sei não, Hindemburgo.
—Não sabe o quê?
—As brasileiras... não têm comparação.
Hindemburgo ficou pensando.
No dia seguinte, veio a notícia.
Transferência na PM. Novo quartel.
A oficial Dalila chamou sua atenção.
Alta. Atlética. Olhos de safira.
Hindemburgo se lembrou do estágio em Tel Aviv.
O assédio foi constante.
—Um dia cairão os muros de Jericó.
Dalila pediu licença para tratar da crise de ansiedade.
Hindemburgo invadiu o apartamento da subordinada.
—Direto na Faixa de Gaza. Bombardeio localizado.
A surpresa o esperava no escurinho da suíte.
Tonhão, Meia Nove e Samir levaram o coronel para um destino desconhecido.
Dalila agradece ao traficante Babalu.
—Traio a corporação. Mas salvo a minha honra.
A Bíblia traz ensinamentos válidos.
Mas quando se apagam as luzes, aí é que é bom abrir o olho.
Voltaire de Souza: Terreno sitiado
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