Descrição de chapéu Zona Sul

Moradores da zona sul de SP protestam contra fechamento de pronto-socorro

Prefeitura diz que obra de ampliação da unidade deve demorar 100 dias

São Paulo

Um grupo de moradores do entorno da avenida Dona Belmira Marin, no Grajaú (extremo da zona sul de SP), realizou um protesto nesta quinta-feira (17) contra o fechamento de um pronto-socorro municipal para obras de melhoria.

Segundo eles, o PS Dona Maria Antonieta Ferreira de Barros fechou as portas na quarta-feira (16) para obras de melhoria e ampliação e agora os moradores foram orientados pela Prefeitura de São Paulo a procurarem duas AMAs (Assistência Médica Ambulatorial) —Jardim Icaraí e Castro Alves— para atendimento de emergência.

Funcionários e usuários do pronto-socorro Dona Maria Antonieta, no Grajaú, zona sul da capital, fazem protesto contra o fechamento da unidade - Ronny Santos/Folhapress

Os moradores reclamam que querem ser atendidos no pronto-socorro do Hospital do Grajaú, do estado, mais próximo da região. Porém, desde o dia 1º de fevereiro, a unidade só recebe casos graves e urgentes referenciados, ou seja, enviados por outras unidades de saúde.

“É muito fora de mão. A gente vai ter que pegar um ônibus até o terminal Grajaú, de lá, outro até chegar nas AMAs e depois fazer todo esse caminho de volta para ser atendido aqui perto”, afirma Humberto Oliveira dos Santos, coordenador do Movimento Popular de Saúde de Capela do Socorro.

Resposta

A Prefeitura de São Paulo, gestão Ricardo Nunes (MDB), diz, em nota, que as obras de ampliação do PS Dona Maria Antonieta Ferreira de Barros devem demorar cem dias.

Segundo a secretaria da Saúde, as UBSs Jardim Icaraí Quintana Jardim Castro Alves são as indicadas para atendimento dos moradores e funcionam 24 horas.

“A pasta está empenhada em adequar as regiões para que as demandas de urgência e emergência dos territórios sejam absorvidas pelo próprio município”, diz a nota.

Já a Secretaria Estadual da Saúde, gestão João Doria (PSDB), diz que o Hospital Geral do Grajaú registrou aumento de 42% na quantidade de casos de emergência e encaminhados pelo Resgate e pelo Samu após a medida de só receber casos após referenciamento.

Segundo a pasta, a decisão foi fruto de um acordo entre as secretarias estadual e municipal de Saúde, que definiu a priorização de casos graves e urgentes em determinados PS estaduais, como o Grajaú, e o direcionamento da demanda de quadros leves aos serviços da rede de saúde municipal.

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