Descrição de chapéu transporte público

Trechos interditados de ciclovia da marginal Pinheiros não têm data para liberação

Locais ficam na altura da estação Santo Amaro do metrô e só poderão ser reabertos após resultado de perícia que apura causas do desabamento de estrutura metálica

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Nilson Hernandes
São Paulo

A comemoração do Dia Nacional do Ciclista, nesta quinta-feira (19), não foi de alegria para quem utiliza os 33,5 km da ciclovia do rio Pinheiros. Trechos das pistas leste e oeste ficarão fechados na altura da estação Santo Amaro da linha 5-lilás até a conclusão da perícia que apura a queda da estrutura de uma passarela em obras. Ainda não há uma data para a liberação.

Na terça-feira (17), uma parte da estrutura metálica destinada à ampliação da passarela que desabou sobre o rio Pinheiros. Dois funcionários da empresa contratada para a realização da obra ficaram levemente feridos, mas já tiveram alta.

Placa avisa sobre interdição em trecho da ciclovia da marginal Pinheiros, na zona sul da cidade de São Paulo - Rivaldo Gomes/Folhapress

Segundo a ViaMobilidade, concessionária responsável pela linha 5-lilás, a empresa também está realizando avaliações internas sobre a queda da estrutura.

Já a Farah Service, gestora da ciclovia do rio Pinheiros, afirma em nota que estuda alternativas para minimizar o impacto do fechamento da via para ciclistas. “Houve uma reunião com cicloativistas na quarta-feira [18]. Eles visitaram os locais interditados para entender a necessidade do fechamento e também sugeriram alternativas aos que usam a ciclovia como meio de transporte”, afirmou, sem dizer quais são as alternativas.

A ciclovia do rio Pinheiros, trecho leste, tem 21,5 km e se estende da avenida Miguel Yunes até o parque Villa-Lobos. No lado oeste, o percurso compreende 12 km entre o trecho que vai da ponte Cidade Jardim até o largo do Socorro.

Para o farmacêutico Jeferson dos Reis Silva, que utiliza o trecho interrompido, a interdição prejudica não só quem passeia, mas também quem trabalha utilizando a bicicleta como meio de transporte.

“A interrupção da ciclovia cerceia ainda mais o ciclista paulistano, que já é penalizado por não dispor de uma ampla malha cicloviária. Para quem trabalha com entrega por aplicativo de mobilidade, o prejuízo é enorme”, lembrou.

Para Paulo Alves, cicloativista e membro do coletivo Bike Zona Sul, é compreensível o risco de se transitar pelo percurso neste momento. Porém,,é preciso que seja oferecida uma alternativa aos ciclistas.

“A meu ver, não se pode colocar em risco o cidadão que utiliza o local. Mas, é preciso oferecer uma alternativa para quem trafega tanto na margem oeste, como na leste, que são independentes uma da outra”, disse.

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