Descrição de chapéu Coronavírus

Capital paulista mantém máscaras, mas não obrigará alunos a voltarem às escolas

No estado de SP, presença nos colégios será obrigatória a partir de segunda (18); cinemas e teatros não precisam mais exigir distanciamento na cidade

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São Paulo

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou em entrevista coletiva, nesta quinta-feira (14), que a cidade de São Paulo vai manter a obrigatoriedade do uso de máscara até, pelo menos, o dia 10 de novembro deste ano.

“Baseado em estudos elaborados pela Secretaria de Saúde, a cidade de São Paulo não vai, neste momento, fazer a liberação com relação à exigência do uso de máscara”, diz o político, em entrevista coletiva. “Só poderemos ter uma nova posição no mínimo no dia 10 de novembro”, ressalta.

No início do mês, a prefeitura havia sinalizado que poderia fleixbilizar a utilização de máscara de proteção contra a Covid-19 a partir desta sexta-feira (15).

O prefeito ainda disse que a partir do dia 25 de outubro, as escolas da rede municipal não terão mais a obrigatoriedade do distanciamento de 1 metro entre os estudantes. Na rede estadual de ensino, essa regra passa a valer a partir de 3 de novembro.

Mas, ao contrário das escolas do governo do estado, os pais podem optar por manter seus filhos em ensino remoto na rede municipal.

Na quarta (13), o governador João Doria afirmou que a partir da próxima segunda (18), a presença de alunos na escola passa a ser obrigatória no estado, mesmo que em esquema de rodízio, até o dia 3, quando todos os estudantes terão de estar em sala de aula.

"Existe uma lei em que é facultativo encaminhar alunos às escolas presencialmente. Continuará facultativo, mas os responsáveis terão que assinar um termo de responsabilidade, pegar atividades impressas nas escolas", afirmou o secretário municipal Fernando Padula sobre uma lei de agosto de 2020 que determina que a presença seja opcional enquanto durar o período de emergência ocasionado pela pandemia. "Mas a partir do dia 25 de outubro não existe mais o rodizio nas escolas da rede municipal", afirmou para reforçar o fim do distanciamento.

Segundo o secretário, das 1.500 escolas da administração municipal, 19 têm problemas físicos. "Elas não vão atender presencialmente, vão seguir online", disse. "A Secretaria de Obras está fazendo licitação para arrumar", afirmou.

Ao todo, a rede municipal de São Paulo tem cerca de 1 milhão de alunos matriculados e 4.039 unidades escolares.

Tanto para confirmar a manutenção do uso de máscara, inclusive em locais abertos, quanto para o fim do distanciamento obrigatório em salas de aula, a prefeitura apresentou dados de um rastreamento epidemiológico de casos, em trabalho desenvolvido pelas UBSs (Unidades Básicas de Saúde).

O estudo concluiu que o momento atual da pandemia de Covid-19 é de estabilidade, com níveis mais baixos de transmissão e relaxamento de medidas de controle, mas ressalta a importância de isolamento de casos positivos para interromper a cadeia de transmissão e manutenção de medidas "não farmacológicas de prevenção".

“O estudo nos recomenda a utilização de máscaras tanto em ambiente fechados, como em ambientes abertos. Nós iremos fazer uma nova rodada desse estudo até o dia 10 de novembro, mas permanece o uso obrigatório de máscara na cidade de São Paulo”, ressaltou o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.

Ainda na coletiva, Nunes disse que eventos como teatro e cinema não vão mais precisar cumprir o distanciamento de 1 metro a partir desta sexta-feira (15).

“É possível que se faça a utilização dos espaços sem que tenha esse distanciamento de um metro entre uma cadeira e outra, porém continua obrigatório o uso da máscara”, disse o prefeito.

“Também orientamos que mesmo que seja um público de menos de 500 pessoas, seja pedido o comprovante da vacina”, completa Ricardo Nunes.

Para eventos acima de 500 pessoas, o passaporte da vacina segue obrigatório em toda a cidade de São Paulo.

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