Paulistanos aproveitam dia de sol e lotam avenida Paulista no feriado

Público aponta que avanço da vacinação traz confiança para voltar a frequentar o local

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Mariane Ribeiro
São Paulo

Avenida mais famosa da capital, a Paulista viveu um dia de movimentação intensa nesta segunda-feira (15), feriado de comemoração ao Dia da Proclamação da República.

De ponta a ponta, os quase 3 km da avenida, onde não é permitida a circulação de veículos aos domingos e feriados, ficaram cobertos dos mais variados públicos. Famílias, casais, grupos de amigos, paulistanos e seus pets, todos buscaram aproveitar o dia de céu azul e temperatura agradável de 26ºC, por volta das 14h30, nesta retomada das atividades da cidade.

A avenida Paulista, na região central de São Paulo, ficou lotada nesta segunda-feira (15), feriado de Proclamação da República - Rubens Cavallari/Folhapress

Atualmente, a capital paulista tem, segundo a prefeitura, 97,95% da população adulta vacinada contra a Covid-19 e vê os números de casos, mortes e internações pela doença em queda.

Foi esse conjunto de fatores que levou, por exemplo, o arquiteto André Langella, 26 anos, e administradora Giulia Yamamoto, 27, à Paulista nesta segunda.

Giulia conta que mora na região e que sempre frequentava a avenida quando ela estava fechada aos carros nos fins de semana e feriados antes da pandemia. "Já viemos muitas vezes, a gente gosta bastante de frequentar a avenida quando ela está fechada, mas estávamos evitando por causa da pandemia", afirma.

Langella diz que essa é mais uma das atividades que o casal está retomando agora que a vacinação contra a Covid-19 avançou. "A gente está dando uma volta e estamos nos sentindo mais ou menos seguros. Ficamos muito tempo sem sair e agora estamos retomando aos poucos atividade como essa, como ir a um restaurante", diz. Mas Giulia pontua que ainda não tem coragem de ir a lugares fechados com muita gente, como cinema e balada.

A estudante Giovanna Cubells, 18, e o vendedor Pedro Luís, 21, foram à Paulista prestigiar os amigos que tocam na banda Picanha de Chernobill.

Sentados no meio da avenida, junto ao cão Rito, o casal fazia parte das dezenas de pessoas que se juntaram para ver a banda de rock tocar.

"É a primeira vez que estou vindo aqui em dois anos. Eu sempre vinha porque sou amiga dos meninos da banda. Está sendo muito gostoso chegar aqui e reencontrar pessoas que víamos sempre", diz Giovanna em um tom nostálgico.

A estudante Giovanna Cubells, 18 anos, e o vendedor Pedro Luís, 21, com o cachorro Rito; eles foram à Paulista assistir a um show de rock - Rubens Cavallari/Folhapress

Já para Pedro, esta foi a primeira vez em que ele pisou na avenida fechada. Ele conta que ainda tem um pouco de receio de ficar no meio de aglomerações, mas diz que a experiência foi ótima.

"É um passeio gostoso num espaço de coletividade. O show da banda está sendo muito bom, mas também várias outras coisas para fazer por aqui", afirma Pedro.

As irmãs Victória Bertti, 23, assistente administrativa, e Giullia Perussetto, 20, analista de marketing, são de Mauá (ABC) e dizem que escolheram passar a tarde na avenida Paulista porque gostam muito do ambiente diverso e democrático em que o local se transforma em datas como a desta segunda.

"Acho que é uma boa oportunidade de você se divertir na área urbana. Eu gosto desse movimento de várias pessoas diferentes, várias músicas diferentes", afirma Victória. A irmã, Giullia concorda. "Essa diversidade me agrada, a muvuca, as músicas misturadas, nada disso me incomoda. Eu, na verdade, gosto muito".

As duas contam que trabalham e estudam uma em cada ponta da avenida, mas que Victória nunca tinha ido visitar a Paulista em um dia de final de semana ou feriado.

"A gente mora um pouquinho longe, mas lá perto de casa não tem muito lugar legal para passear, não tem parque, então viemos aproveitar esse dia bonito. Até aluguei uma bicicleta", conta Victória.

Próximo ao local onde Victória e Giullia andavam de bicicleta, caminhavam tranquilamente o segurança Marcos Britos, 35, acompanhado de Ellen Cristina da Silva, 30, que é enfermeira obstetra, e a irmã dela, Isabele Cristina da Silva, estudante de 19 anos.

Os três contam que moram na zona leste e que decidiram ir para a Paulista assim que ficaram sabendo que a avenida estaria fechada aios carros nesse feriado.

"Viemos dar uma volta, aproveitar o dia. Já tomamos um café em uma cafeteria aqui perto e agora estamos caminhando. Gostamos muito", conta Ellen.

A família também relata que está começando a retomar a rotina com a queda no número de casos de Covid-19.

"Estamos tomando mais coragem agora. Voltamos a sair aproveitando que as coisas estão voltando aparentemente ao normal, também já fizemos pequenas viagens", afirma Britos.

Apesar de o uso de máscara ainda ser obrigatório na cidade de São Paulo, muitos dos que passeavam pela paulista neste feriado estavam sem o item ou com a máscara abaixada.

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