Ford Mustang mostra força à moda antiga com motorzão V8
Testamos o a versão Mach 1, que ressurge como opção única do esportivo no Brasil
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Quando todo mundo vai com "downsizing", nome em inglês para o uso de motores menores —normalmente turbinados—, mas com potência de maiores, a Ford vem com a experiência tradicional de um motorzão 5.0 V8 na volta da versão Mach 1, do Mustang.
Dessa usina de força são extraídos 483 cv de potência e torque de 56,7 kgfm. Números dignos para seus rivais europeus e japoneses, mas ficha técnica não é tudo aqui.
A experiência ao volante de um Mustang é muito mais sensorial, que começa ao apertar o botão de partida. O ronco saído das quatro enormes saídas de escape avisa o que está por vir. Para não incomodar os vizinhos, é possível selecionar o modo silencioso, mas aí perde a graça.
O pedal do acelerador responde ao mínimo toque e, se o motorista não souber dosar, vai ter que se desdobrar para segurar toda a potência despejada nas rodas traseiras. A Ford dispensa a tração integral adotada pela maioria dos competidores.
São sete modos de condução, um deles o "pista", que desliga os controles eletrônicos de estabilidade e tração. É melhor saber o que está fazendo neste caso, pois mesmo com tudo ligado, o Mustang fica arisco e escorrega em qualquer exagerada em curvas.
Mas nas mãos de motoristas experientes, diversão é a palavra. A aceleração é progressiva, sem rompantes como de carros turbinados. A direção firme é precisa e obediente ao motorista.
Segundo testes do Instituto Mauá de Tecnologia, o Mustang Mach 1 chega a 100 km/h em 4,73 segundos. A velocidade final é limitada a 250 km/h.
E cavalo que anda, cavalo que bebe. A aferição do consumo urbano do esportivo ficou em 5,8 km/l. O rodoviário é mais animador: 11,7 km/l rodando a 90 km/h sem ar-condicionado. Mas o carro não será usado dessa forma, então, programe muitas paradas ao posto de gasolina.
Clássico
O nome Mach 1, é agora a versão única do modelo no Brasil e custa R$ 523.950. Ele vem de uma versão de 1969 e muitos detalhes podem ser visto no modelo atual, como os aros vazios na grade representando os faróis de milha do Mach 1 original.
Atrás, o símbolo do cavalo dá lugar ao nome da versão entre as tradicionais lanternas com três linhas.
Por dentro, detalhes em aço escovado e uma plaqueta mostram o número de série de cada unidade fabricada.