AMA de lata em SP é interditada após buraco abrir no chão de uma sala
Unidade de Americanópolis, na zona sul, pegou pacientes de surpresa; não há data para reabrir
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A AMA de Americanópolis, na região do Jabaquara (zona sul), foi interditada.
Na última quinta-feira (10), a gestão Bruno Covas (PSDB) fechou a unidade erguida em uma estrutura metálica por problemas estruturais, como buracos, ferrugem e tremores.
Na semana passada, o Agora mostrou que uma técnica de enfermagem caiu em um buraco aberto em uma das salas, após atendimento a uma gestante, quando parte do piso em madeira revestido com vinílico se abriu e sua perna esquerda afundou no vão.
Desde quinta-feira, quem chega ao local depara com fitas de isolamento e cones impedindo a passagem. Folhas de papel coladas às faixas recomendam que a população procure atendimento médico no prédio de alvenaria no mesmo terreno, onde funciona uma UBS integrada, ou vá a outra unidade de saúde da região.
Os exames de raio-X estão sendo feitos na AMA/UBS Vila Clara, que já sente o aumento de pacientes. Os técnicos fizeram 50 atendimentos a mais do que as 130 pessoas que procuram o serviço diariamente.
"A interdição da AMA sobrecarrega médicos aqui e isso precariza a oferta", disse uma funcionária.
O escritor e morador da região Nunes Gama, 31 anos, reclamou da unidade interditada. "Desde a mudança da gerência, o atendimento na UBS Vila Clara melhorou bastante, mas aí acontece uma coisa dessas e é claro que acaba afetando a gente, porque tudo tem uma espera maior", disse.
Resposta
A Prefeitura de São Paulo, sob gestão Bruno Covas (PSDB), diz, por meio da Coordenadoria Regional de Saúde Sudeste, que "a unidade modular foi preventivamente desativada para evitar acidentes e realizar uma avaliação técnica mais detalhada para providências necessárias".
A secretaria confirmou a transferência dos exames de raio-X para as AMAs/UBSs Integradas Vila Clara e Geraldo da Silva Ferreira. "De acordo com a Supervisão Técnica de Saúde do território, a unidade Americanópolis realizava, em média, dez exames por dia", afirma a gestão Covas.
A pasta acrescenta que "o relatório da Defesa Civil que avaliou o prédio de estrutura metálica não constatou motivos para interdição, mas há necessidade de manutenção".