Mercado não enche em São Paulo, mas preços assustam
Alimentos e bebidas tiveram alta de 1,13% no mês de março, quando começou a quarentena, contra 0,11% em fevereiro.
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O almoço do feriado da Páscoa em meio a quarentena pesará mais no bolso dos consumidores, que reclamam que já estão sendo surpreendidos pelos preços dos mercados.
A dona de casa Socorro Nunes, 41 anos, mora na região central da cidade e ficou assustada com os valores. “Não senti falta de produtos e nem achei os mercados lotados, mas as coisas já estão mais caras que semana passada. Não sei se vou conseguir comprar tudo para o feriado, o dinheiro está curto por causa da quarentena”, diz ela.
Segundo pesquisa IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) divulgada pelo IBGE nesta quinta (9), alimentos e bebidas tiveram alta de 1,13% no mês de março, quando começou a quarentena, contra 0,11% em fevereiro. O estudo diz ainda que a alta ocorreu principalmente em produtos consumidos em casa. Os destaques foram registradas em itens como cenoura (20,39%), cebola (20,31%), tomate (15,74%), batata-inglesa (8,16%) e ovo (4,67%).
O porteiro Renilson da Cruz Soares, 46 anos, também relatou a alta dos valores em meio a pandemia. “Garanti o bacalhau, mas os ovos de Páscoa vão ficar para o ano que vem. Realmente tudo está mais caro e não tem como ter tudo neste momento”, afirmou o porteiro.
Ovos de chocolate
Segundo a Associação Paulista de Supermercados, as vendas de chocolates e ovos de Páscoa devem apresentar queda por causa da crise do coronavírus. Antes, o crescimento estimado para as vendas no estado era de 2,2%, agora a expectativa é de queda de 8,5%.
A projeção é baseada em itens como bombons, ovos, barras e tabletes de chocolate, refrigerantes, cerveja, vinho e peixes.