Ônibus intermunicipais de SP terão tecnologia antiviral
Bancos foram revestidos com tecido que possui ação contra vírus
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Ônibus da frota intermunicipal gerenciada pela EMTU (Empresa de Transportes Metropolitanos) estão sendo equipados com tecnologia antiviral. Os primeiros 12 de 120 foram apresentados nesta quarta-feira (28).
Bancos, balaústres e catracas foram revestidos com um tecido que possui ação antibacteriana e antiviral, "prendendo" o vírus ao tecido e impedindo a contaminação. Isso é capaz de inativar o coronavírus, bem como outros micro-organismos envelopados, como são classificados os vírus da influenza e herpes.
A iniciativa faz parte de um projeto piloto para aumentar a segurança dos passageiros do transporte público. Os primeiros a receber o acabamento antiviral pertencem à Viação Osasco e farão o trajeto entre a capital e Osasco (Grande SP).
O investimento em cada veículo dura cinco anos e custou em torno de R$ 7 mil por ônibus. O material necessário para revestir outros 200 ônibus está em produção para ser instalado até o fim de novembro.
Segundo a fabricante ChromaLíquido, os tecidos são resistentes a atritos, higienizações e lavagens constantes, como exige o transporte público.
Se a experiência for bem-sucedida, a gestão Doria (PSDB) pretende aplicar o revestimento em toda a frota.
"Testes no Metrô e na CPTM já foram feitos. Estão sendo submetidos orçamentos para que isso seja analisado nas mais de 1.200 composições e 216 trens e possamos planejar isso ao longo dos próximos meses", diz Alexandre Baldy, secretário dos transportes.
Para o vice-governador Rodrigo Garcia, a iniciativa poderá render frutos para além da pandemia. “Realizar investimentos como esse pode reduzir o custeio na saúde pública por outras endemias que poderão ter a contaminação cruzada menor, como gripe, influenza e demais doenças transmitidas desta forma. Isso mostra o caminho dos próximos anos. Estamos nos empenhando para ter uma vacina o mais rápido possível, mas todos precisamos ter consciência de que nossa vida mudou.”
Os ônibus antivirais são certificados pelas áreas e agências técnicas do governo, incluindo a Unicamp e o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), que testaram a resistência física e a eficiência antibacteriana e antiviral do produto.
Controlar aglomerações tem mais efeito
Infectologistas questionam a medida adotada pelo governo do estado nos ônibus.
“Independentemente da eficácia do material, uma ameaça como a pandemia de coronavírus precisa de outras formas de controle. Como o vírus tem transmissão aérea, controlar aglomerações, interações, assegurar que todos estejam utilizando corretamente as máscaras são maneiras de combate mais coerentes”, diz Cláudio Gonsalez, do Instituo Emílio Ribas.