Coronavac em São Paulo é apenas para segunda dose, diz secretário

Município não tem previsão de retomar a aplicação do imunizante como primeira dose

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São Paulo

A cidade de São Paulo não tem previsão de retomar a aplicação de primeiras doses da vacina Coronavac, segundo o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido. Por enquanto, ele afirma, o estoque do imunizante no município é apenas para segundas doses.

O secretário acompanhou nesta segunda-feira (10) o início da vacinação de pessoas comorbidades na UBS Max Perlman, no Itaim Bibi, zona oeste da capital.

O secretário Municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido (de preto), acompanha o início da vacinação contra a Covid-19 em pessoas com comorbidades na UBS Max Perlman, no Itaim Bibi, zona oeste de São Paulo; na foto Felippe Reis é vacinado - Rivaldo Gomes/Folhapress,

"Coronavac só para segunda dose, pois a gente não recebeu mais nenhum lote para primeira", afirmou. Na semana passada, de acordo com Aparecido, a capital recebeu cerca de 92 mil doses do imunizante para a aplicação de reforço. "Por enquanto, a gente está abastecido", disse. Um novo lote de segundas doses, de volume ainda não definido, é aguardado.

Na manhã desta segunda (10), o Instituto Butantan, que produz o imunizante em parceria com a chinesa Sinovac, liberou para o Ministério da Saúde um novo lote de dois milhões de doses. Não há, contudo, definição de quando elas devem chegar à cidade de São Paulo, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

O secretário afirma que pode ocorrer "falta pontual" de doses de reforço da Coronavac em unidades de saúde no município. Quando isso acontece, de acordo com ele, há transferência do imunizante e as pessoas que estão com a aplicação em atraso são convocadas em até 48 horas.

A aplicação de doses de reforço, tanto da Coronavac quanto da vacina da Oxford/Astrazeneca têm acontecido somente em unidades de saúde como forma de controlar a aplicação. De acordo com Aparecido, a possibilidade de exigir comprovante de residência na capital para a aplicação da vacina ainda não foi discutida.

O secretário afirma que há muitas pessoas de outros municípios, onde há escassez de doses de reforço, procurando a cidade de São Paulo para completar o ciclo vacinal. "Por isso que deixamos segunda dose só para as unidades, porque, de alguma maneira, elas têm algum controle do SUS dependente do território." Ele não afirmou, contudo, como é feito esse controle. Ainda assim, diz que pessoas em trânsito "podem e devem ser vacinadas."

Vacina da Pfizer

Um novo lote de imunizantes da Pfizer deve chegar ao município até segunda-feira (17). A parcela, que inicialmente era prevista para a aplicação de segundas doses de pessoas que foram vacinadas na última semana, deverá ser utilizada para primeiras doses, segundo Edson Aparecido.

"Como aumentou o prazo de aplicação da segunda dose de 21 dias para 12 semanas, a Secretaria Estadual [da Saúde] liberou para que esse lote que iria receber seja aplicado como primeira dose." A definição sobre a data de chegada e a quantidade deve ser conhecida nesta segunda.

O município não tem o imunizante da Pfizer estocado para segundas doses, segundo a secretaria, porque essa separação é feita a nível estadual.

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