Rachaduras em escola estadual na zona oeste de SP assustam pais de alunos
Estudantes e profissionais da educação convivem com o problema há dois anos; secretaria diz que não há risco
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Pais, mães e responsáveis pelos alunos que estudam na escola estadual Dr. Alarico da Silveira, na Barra Funda (zona oeste), estão assustados com as enormes rachaduras que surgiram há dois anos na unidade, por causa do afundamento do solo. A cozinha, o refeitório, o pátio e três salas de aula seguem interditados.
Em conversa com a direção da escola, uma mãe de aluno, que não quis se identificar, relatou que os gestores escolares garantiram que tudo o que poderia ter sido feito já foi relatado para a diretoria de ensino. Professores e funcionários também disseram que sentem medo em ficar na escola.
Antes da pandemia, o governo estadual fez uma reforma na cozinha para atender aos alunos. Com a crise sanitária, as aulas foram suspensas e, desde então, nenhuma outra obra foi feita na escola.
Os pais acionaram a Defesa Civil no dia 16 de agosto. Em resposta à reportagem, a prefeitura da capital confirmou que houve um pedido de vistoria, mas que o local não apresenta risco aparente.
“A prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Segurança Urbana, informa que equipe da Defesa Civil esteve na Escola Estadual Doutor Alarico da Silveira com o engenheiro da Subprefeitura Sé e, após vistoria, detectaram que não havia risco estrutural aparente”, atestou a nota.
Para José Bonfim, diretor regional da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), o caso da unidade escolar na Barra Funda não é isolado. “Essa escola é uma de muitas que estão na mesma situação na capital. E o pior de tudo é que os profissionais que atuam nessas unidades não podem se manifestar por medo de represálias”, disse.
Ainda de acordo com Bonfim, a diretoria de ensino do centro respondeu recentemente ao sindicato que as medidas necessárias para resolver o caso estão em andamento. “A resposta é sempre a mesma, ou seja, ninguém será prejudicado e o governo irá resolver a questão, o que não acontece na prática, apenas no discurso”, concluiu.
Resposta
Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Educação, gestão João Doria (PSDB), informou que não há risco. “A área foi vistoriada pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação, que analisou que a escola tem condições de atender os alunos sem riscos, já que há outros espaços na unidade e o local onde há o problema segue interditado.”
Ainda de acordo com a pasta, houve uma reforma recente no local para receber os alunos na volta às aulas presenciais. A escola está com 30% dos alunos de maneira presencial nas salas de aulas e no andar superior da unidade, que é aberto.
“A Escola Estadual Doutor Alarico da Silveira passou por manutenção com investimento de mais de R$ 420 mil para que a unidade estivesse apta para recepcionar os alunos na volta às aulas presenciais. As áreas da cozinha e pátio seguem interditadas enquanto está em andamento a obra para reforço da estrutura.”