Governo de SP muda o nome da futura estação de metrô Angélica-Pacaembu para Faap-Pacaembu
Segundo gestão estadual, a mudança se deu porque a linha 6-laranja é conhecida como a 'Linha das Universidades'
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O Governo de São Paulo, gestão João Doria (PSDB), publicou um decreto que determina a alteração do nome da futura estação “Angélica-Pacaembu” para “Faap-Pacaembu” da linha-6 laranja do metrô.
Uma das saídas da estação, que tem previsão de entrega para 2025 pela concessionária Acciona, fica próxima a uma das saídas da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado) e do estádio Estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu.
Em nota, a gestão estadual afirmou que a mudança acontece porque a área onde será construída a estação é da Faap e pelo fato da linha 6-laranja ser conhecida como a 'Linha das Universidades', com outras estações com nomes de faculdades, como PUC-Cardoso de Almeida e Higienópolis-Mackenzie.
A linha vai interligar Brasilândia (zona norte da capital paulista) à estação São Joaquim, da linha 1–azul do metrô, e contará com 15 estações com 15,3 quilômetros de extensão.
O trajeto, que atualmente tem tempo médio de 1h30 e só pode ser feito por meio de ônibus no transporte público, passará a ser percorrido em 23 minutos quando todo o trecho estiver em operação, segundo o governo.
Polêmica passada
Quando foi anunciada em 2010, a estação, que ficaria localizada no lugar de um supermercado na avenida Angélica, esquina com a rua Sergipe, foi alvo de polêmica. Naquele ano, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, uma moradora disse que a estação atrairia "drogados, mendigos, uma gente diferenciada".
A reação até virou piada na internet e um grupo chegou a organizar um "churrascão da gente diferenciada", em maio de 2011, que reuniu centenas de pessoas na avenida Higienópolis.
Durante o mesmo período, a Associação Defenda Higienópolis fez um abaixo-assinado defendendo que a estação mudasse de lugar e disse que a construção na estação avenida Angélica poderia ocasionar um "aumento de ocorrências indesejáveis", pelo aumento do fluxo de pessoas na região "especialmente em dias de jogos e shows", além da transformação da região num "camelódromo". Além disso, a associação alegava que já existiam outras estações perto e que a obra deveria ser na praça Charles Miller.
A associação venceu e o Governo de São Paulo decidiu alterar o projeto inicial e levar a estação para perto da Faap, onde as obras já estão acontecendo.
Os trabalhos começaram efetivamente em 2015, com previsão de entrega em 2020, mas foram interrompidos em 2016, sendo retomados em outubro de 2020. Em agosto deste ano, o trabalho com o equipamento que perfura a terra para a construção das estações subterrâneas foi iniciado. A previsão de entrega agora é em 2025.
Atualmente a Associação Defenda Higienópolis continua com o registro, mas não é mais atuante. Caso parecido com a Associação Moradores e Comerciantes de Santa Cecília e Higienópolis, que também participou do debate na época e agora está inativa.