Postos voltam a ficar sem AstraZeneca em São Paulo
No início da tarde desta quinta, 75% das unidades de saúde não tinham o imunizante
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Postos de saúde da capital voltaram a ficar sem vacina AstraZeneca para segunda dose nesta quarta-feira (22). Segundo o site "De Olho na Fila", serviço desenvolvido pela Prefeitura de São Paulo para mostrar a situação dos postos, no início da tarde 75% dos postos estavam sem o imunizante contra o novo coronavírus.
Ao todo, 381 dos 509 postos que estavam funcionando por volta das 13h30 não tinham vacinas da AstraZeneca para segunda dose nesta quinta-feira.
Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde disse que "podem ocorrer faltas pontuais em algumas unidades devido à grande procura" e que há remanejamento de doses entre os próprios postos de vacinação.
A pasta também disse que 831.475 doses de vacinas contra Covid-19 chegaram na manhã desta quarta no Centro de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos para entrega aos postos de saúde.
Do total, segundo a prefeitura, são 51.130 doses de Coronavac, 212.445 de AstraZeneca e 567.900 de imunizantes da Pfizer.
As unidades, conforme a secretaria, estão orientadas a realizarem a intercambialidade com o imunizante da Pfizer, se a vacina da AstraZeneca estiver indisponível.
O problema é que faltava este imunizante nesta quinta também. Na zona sul, por exemplo, não havia Pfizer em 56 das 160 UBSs (Unidades Básicas de Saúde).
Alguns postos alertavam no "Filômetro", como é chamado o site que mostra a situação dos postos de vacinação, que não estavam aplicando Pfizer no lugar de AstraZeneca.
A cidade de São Paulo ficou sem a vacina produzida no país pela Fiocruz durante uma semana, desde o dia 9 passado. A falta do imunizante fez o governo estadual autorizar o uso de Pfizer para as pessoas que não puderam tomar a segunda dose de AstraZeneca entre os dias 1º e 15 de setembro.
Segundo instrutivo publicado no site da secretaria municipal, porém, "no município de São Paulo, todas as pessoas que estão com a 2° dose de AstraZeneca em atraso poderão fazer uso da intercambialidade, mesmo que a data de retorno para a vacinação seja anterior a 1º de setembro".
A pasta chegou a exigir que as pessoas assinassem um termo de ciência de que iria tomar na segunda dose uma vacina diferente da aplicada pela primeira vez, mas recuou depois.
Esta não é a primeira vez que faltam vacinas na capital paulista. Em junho, a secretaria precisou interromper a vacinação, das duas doses no dia 21. Ela só foi retomada no dia seguinte com o envio de novos lotes pelo governo estadual.
A cidade de São Paulo está vacinando com primeira dose jovens a partir de 12 anos. E aplica terceira doses para idosos com 80 anos ou mais. Nos dois casos são usadas vacinas da Pfizer.