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Prefeitura de SP recua em assinatura de termo para tomar vacina

Quem tomou Pfizer no lugar de AstraZeneca na segunda foi obrigado a assinar o documento

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São Paulo

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo recuou na obrigatoriedade de assinatura de um termo de ciência de intercambiabilidade para as pessoas que vão tomar vacina contra Covid-19 da Pfizer no lugar da segunda dose da AstraZeneca, que está em falta nos postos da capital paulista desde a última quinta-feira (9).

As cerca de 49 mil pessoas que tomaram a vacina da Prizer no lugar da AstraZeneca na segunda-feira (13) tiveram de assinar o termo, que faz parte de um instrutivo publicado no site da secretaria.

A secretaria diz, em nota, "que de acordo uma nova instrução da Secretaria Estadual da Saúde, comunicada na manhã desta terça-feira (14), não será necessário assinar o termo de intercambialidade entre doses de AstraZeneca e Pfizer, o que altera orientação anteriormente feita pelo Estado". De acordo com a pasta, todos os postos de vacinação foram comunicados da mudança nesta manhã.

Conforme as regras, na falta de um papel impresso com o termo, as pessoas precisavam escrever a autorização à mão em uma folha em branco.

Em entrevista à TV Globo na manhã desta segunda, o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, afirmou que a assinatura do termo fazia parte de um instrutivo do governo estadual publicado no sábado (11).

Termo de vacina na UBS (Unidade Básica de Saúde) Humaitá, no centro de São Paulo, que teve de ser assinado por quem tomou dose da Pfizer no lugar de AstraZeneca, na segunda-feira (13) - Rivaldo Gomes - 13.set.21/Folhapress

Procurado o Centro de Vigilância Epidemiológica da gestão João Doria (PSDB), disse que o documento não é obrigatório, sendo facultada ao município a sua utilização, conforme consta em nota informativa. "Trata-se de um termo de ciência e, como o próprio nome diz, visa informar ao próprio cidadão sobre a estratégia de imunização com intercambialidade."

Aparecido criticou a obrigatoriedade do termo na entrevista à TV, por dizer que era uma trabalho a mais nos sobrecarregados postos de vacinação, que também estão imunizando jovens a partir de 12 anos com a primeira dose e idosos a partir de 85 anos com a terceira dose.

Na UBS (Unidade Básica de Saúde) Humaitá, na Bela Vista (região central), visitada pela reportagem na segunda, as pessoas que procuravam a vacina eram recebidas, ainda na rua, por dois agentes de saúde que, munidos com uma prancheta, recolhiam as assinaturas. Após o termo assinado, elas eram liberadas para ingressar na unidade. Já dentro do local, ainda era necessário enfrentar uma fila de 20 minutos para receber a dose da vacina.

Conforme a gestão Ricardo Nunes (MDB), na segunda, primeiro dia de intercambialidade, foram aplicadas um total de 49.162 doses de Pfizer em pessoas que deveriam tomar AstraZeneca

A prefeitura começou a aplicar na tarde de segunda 165 mil doses de vacina da Pfizer contra o novo coronavírus para retomar a aplicação de segunda dose de quem deveria receber o imunizante da AstraZeneca, em falta nos postos da capital paulista desde a última quinta-feira (9).

Na noite de sexta (10), o governo estadual disse que a partir da próxima semana quem estiver com a segunda dose da vacina AstraZeneca atrasada poderá se vacinar com Pfizer.

Segundo o governo João Doria (PSDB), que chama a falta de AstraZeneca de "apagão" e acusa o Ministério da Saúde pelo não envio de cerca de 1 milhão de doses ao estado de São Paulo, poderão se vacinar quem estiver deveria ter recebido o imunizante para reforço entre os dias 1º e 15 de setembro. O governo federal nega.

Mas, mesmo com a chegada das 165 mil vacinas, o volume não é suficiente para atender nem metade dos que que deveriam receber a segunda dose da AstraZeneca entre a última quinta e segunda. Aparecido afirmou que a capital recebeu mais 30 mil doses da Pizer na madrugada desta terça (14).

A secretaria pede para que as pessoas olhem site "De Olho na Fila", serviço desenvolvido pela Prefeitura de São Paulo para mostrar a situação dos postos e se há vacina para segunda dose, antes de sair de casa para tentar se vacinar.

As pessoas que vão procurar a segunda dose na capital, precisam levar o cartão de vacinação, documento com foto e comprovante de endereço.

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