O governo paulista acaba de lançar o programa Líderes Públicos. Em parceria com ONGs e entidades, a ideia é que o trabalho dos dirigentes educacionais seja avaliado por profissionais sem ligação com a secretaria da área.
A experiência vai começar nas 91 direções regionais de ensino do estado. A gestão João Doria (PSDB) promete examinar as qualidades dos profissionais, como liderança, capacidade de tomar decisões e comprometimento com o trabalho.
Os chefes passarão por entrevistas, análise de currículos e terão as realizações observadas. Depois, o governo vai decidir se eles continuarão ou não no cargo. Quem sair voltará ao posto de origem.
Como é sabido, as escolas públicas enfrentam todo tipo de problema. No caso de diretores e dirigentes de ensino, muitos chegam lá por meio de indicações políticas.
Em vez de bons profissionais, esses cargos às vezes acabam sendo ocupados por funcionários incompetentes ou por cabos eleitorais que trabalham mais pelos seus padrinhos políticos do que pelos alunos.
A ideia de buscar gente de fora para analisar o trabalho de servidores da Educação pode melhorar o processo de escolha desse pessoal. Cria-se um ambiente mais profissional, parecido com o que existe em empresas privadas.
Muito cuidado, porém, nesse processo. A maioria dos diretores e supervisores é de concursados. Assim, um programa inovador pode se perder por resistência dos servidores ou, pior, acabar na Justiça.
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