O presidente Jair Bolsonaro (PSL) vai enfim mostrando vontade de se livrar de problemas que ele próprio criou para seu governo.
Na quinta-feira (4), deixou de lado a teimosia e começou a conversar com os partidos sobre projetos de interesse do Planalto, como a reforma da Previdência.
No dia seguinte, indicou a intenção de demitir o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez. Essa era uma providência óbvia, mas que havia sido negada na semana anterior.
“Está bastante claro que não está dando certo”, afirmou agora. “Segunda (8) é o dia do fico ou não fico.”
Pois que não fique. É difícil lembrar de uma nomeação ministerial mais desastrada que a de Vélez. Ele não foi, claro, o primeiro despreparado a assumir um posto importante em Brasília, mas outros tiveram o bom senso de trabalhar com técnicos experientes ou, pelo menos, de evitar confusões públicas.
O professor colombiano chegou ao MEC depois de pressões da bancada evangélica e do movimento Escola sem Partido, que busca combater propaganda de esquerda em sala de aula.
Uma confusão de ideias logo se transformou numa bagunça administrativa. Numa pasta tão essencial para o país, o risco de estrago é enorme.
Mas esse não é o único problema no primeiro escalão do governo. O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, está cada vez mais enrolado nas investigações sobre as candidaturas de fachada do PSL, um esquema revelado pelo jornal Folha de S.Paulo.
Bolsonaro disse que ainda não é hora de decidir sobre Álvaro Antônio, mas parece ser questão de pouco tempo.
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