Teste de paciência

Transporte público falha em viagem entre a capital e o ABC

Tanto pelos trilhos quanto pelo asfalto, a viagem entre a capital paulista e e municípios do ABC pode virar um verdadeiro teste de paciência para passageiros, conforme mostrou o Vigilante Agora desta segunda-feira (22).

A reportagem percorreu parte de duas das principais conexões que ligam as regiões: a linha 10-turquesa, da CPTM (Companhia Paulista dos Trens Metropolitanos), e o Corredor Metropolitano ABD. 

Na primeira, a lista de queixas é longa. Em estações, os problemas são diversos, a exemplo de atrasos, de mato alto ao lado da linha e de falhas na infraestrutura, como o aparecimento de goteira em dias de chuva e falta de acessibilidade para quem tem deficiência física ou mobilidade reduzida. 

No segundo, pontos da pista com buracos e rachaduras fazem com que o trajeto nos trólebus seja mais desagradável. 

E, em ambos, repetem-se as reclamações a respeito da superlotação em horários de pico e da má condição de banheiros públicos em paradas. 

Vistos de forma isolada, os obstáculos dão a sensação de serem pouco importantes. Porém, quando colocados juntos, sem dúvida causam desconforto para quem depende do transporte público e o utiliza diariamente.

As empresas responsáveis pelos trens e pelo ônibus prometeram solucionar pelo menos uma parcela dos casos apontados. É o mínimo que se espera. 

As medidas importantes na fila são a construção de um BRT, um tipo de corredor com ônibus, que vai conectar o centro paulistano à região do ABC, e o processo de modernização do ramal da CPTM, como anunciado pelo governador João Doria (PSDB) em julho.

Corrigir problemas e oferecer novas opções aos paulistas pode ajudar a mantê-los longe da tentação de migrar para um automóvel, entupindo mais as ruas.  

​E, se há dúvidas sobre a viabilidade de convencer os moradores, basta olhar a mais recente Pesquisa Origem e Destino, do Metrô, que mostra o maior uso de trens num intervalo de dez anos.

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