A Lua e nós

Chegada ao satélite natural completa 50 anos

Neste sábado (20), completam-se 50 anos da chegada do homem à Lua.

Lua cheia sobre a capital em fevereiro deste ano - Rubens Cavallari/Folhapress

A viagem dos americanos ao satélite da Terra, um dos maiores feitos da humanidade, teve um impulso não muito feliz: a chamada Guerra Fria, na qual os Estados Unidos e a então União Soviética competiam para mostrar quem tinha mais armas e tecnologia —enquanto o mundo morria de medo de ataques nucleares entre as duas potências.

Em 1961, os soviéticos colocaram o cosmonauta Iuri Gagárin no primeiro voo tripulado ao espaço e desafiaram: “Que os países capitalistas tentem nos alcançar”. O presidente dos EUA, John F. Kennedy, aceitou o chamado.

Hoje sabemos quem ganhou a parada —afinal de contas, o antigo gigante comunista nem existe mais. A missão à Lua acabou fazendo parte do sucesso da democracia e, claro, da ciência.

De forma direta ou indireta, a aventura dos astronautas Neil Armstrong, Edward “Buzz” Aldrin e Michael Collins contribuiu para avanços tecnológicos como a televisão via satélite, o purificador de água, os aparelhos eletrônicos sem fio, o detector de fumaça e a tomografia computadorizada, entre outros.

Neste meio século que nos separa daquele momento, o conhecimento humano cresceu como nunca. Mas, mesmo assim, existem motivos para preocupação.

Nos últimos anos, a ignorância persiste e até prospera em alguns meios. 

Segundo pesquisa do Datafolha deste mês, 26% dos brasileiros dizem não acreditar na chegada do homem à Lua. Há também quem ache que vacina faz mal e até que a Terra seja plana.
A data é boa ocasião, portanto, para lembrar como a curiosidade e o conhecimento fazem a humanidade avançar.

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