Em dezembro do ano passado, na província chinesa de Wuhan, registraram-se os primeiros casos de uma doença batizada de Covid-19, palavra que logo seria conhecida em todo o planeta.
Bastaram pouco mais de 3 meses para que a enfermidade viral se espalhasse por todos os continentes, levando a Organização Mundial da Saúde a classificar como pandemia o novo flagelo.
Hoje, o mundo já acumula mais de 12 milhões de casos e quase 600 mil mortes confirmadas, na mais grave crise sanitária desde a gripe espanhola, há mais de um século. A pandemia segue acelerada em âmbito global —o pico de casos ainda não foi atingido, conforme apontou o diretor-geral da OMS.
O avanço da Covid-19 envolve, porém, expressivas diferenças regionais e uma dinâmica que foi se modificando com o correr dos meses. Para explicar de um modo resumido, o epicentro da doença esteve inicialmente na Ásia, logo se transplantou para a Europa e passou de lá para o continente americano.
É nas Américas que a Covid-19 apresenta os piores indicadores, mais especificamente nos EUA e no Brasil —não por acaso, países cujos presidentes apostaram na divisão e no negacionismo diante dos perigos da epidemia.
Os EUA, após certa contenção, viram um aumento de contaminações nas últimas semanas, sobretudo nos estados mais ao sul e a oeste, e têm batido recordes mundiais de novas ocorrências.
O Brasil nem ao menos chegou a ver uma queda, seja de casos, seja de óbitos. O vergonhoso patamar de cerca de mil mortes por dia é o resultado de um governo que não apenas foi incapaz de liderar o combate à Covid-19 como sabotou esforços de outras autoridades.
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