O Palmeiras foi para Buenos Aires com a expectativa de manter os 100% de aproveitamento na Libertadores e, consequentemente, a liderança do Grupo F. Voltou de lá com uma derrota por 1 a 0 para o San Lorenzo e a segunda colocação, apesar de ter feito bom primeiro tempo no Novo Gasômetro.

Apesar da má campanha no Campeonato Argentino, o time que tem como torcedor mais ilustre o papa Francisco lidera a chave com sete pontos em três rodadas. Ultrapassado pelo Ciclón, o Verdão soma um pontinho a menos.

Poderia ter sido diferente se a linda bicicleta de Moisés, aos 26min do primeiro tempo, estufasse a rede em vez de estourar no travessão. Foi a melhor chance do primeiro tempo dominado pelo alviverde. Sem Ricardo Goulart, lesionado, e Scarpa, liberado devido à morte da avó, o Verdão não teve um destaque (nem mesmo Dudu), mas controlou a etapa inicial, apesar de o San Lorenzo também ter acertado a trave.

Mas não só o travessão foi cruel com a formação alviverde. Dois amarelos se mostraram fundamentais para a derrota na Argentina, um levado por Bruno Henrique e outro por Thiago Santos.

Com medo de perder um de seus volantes, Luiz Felipe Scolari os trocou no intervalo por Felipe Melo —que inicialmente não entraria em campo— e Lucas Lima. Pareciam substituições corajosas, mas deixaram um buraco no meio de campo. Aos 6min, Herrera recebeu na meia direita, teve o tapete estendido no caminho até a entrada da área e ameaçou duas vezes o chute antes de acertar o canto direito de Weverton e balançar a rede palestrina pela primeira vez no torneio. A bola passou caprichosamente debaixo das pernas de Antônio Carlos —que deveria ter sido mais combativo.

A última cartada de Felipão foi colocar Raphael Veiga no lugar do irregular Felipe Pires. Nos 15 minutos finais, o Verdão ficou com a bola _concedida pelo San Lorenzo_, mas o seu lento meio de campo foi incapaz de machucar o time argentino.