Não é novidade alguma. Ninguém gosta de ser cornetado. É difícil engolir mesmo quando aquele que nos aponta o dedo tem total razão. Seja na vida pessoal ou profissional, a crítica e autocrítica não são fáceis.
Não estou aqui pagando uma de autor de livro de autoajuda. Também engrosso a lista daqueles que sofrem para absorver as críticas. Mas alguns casos que rolaram no mundo da bola no mês chamaram a atenção.
Neymar, que até hoje não lidou bem com as críticas que recebeu na Copa da Rússia, passa longe do bordão que adotou: ousadia e alegria. Está um cara amargo. Dias atrás, ele agrediu um torcedor adversário que o xingava, disparou contra colegas de clube e se limitou a responder por meio de um comentário numa postagem de rede social de um amigo.
Felipão deu um piti na semana passada. Não se conformou com a cornetagem de meia dúzia de torcedores presentes na convincente vitória do Palmeiras contra o Melgar, no Peru. Ameaçou sair do clube por causa dos descontentes.
Love, após o título paulista, revelou-se rancoroso. Ao vivo, cobrou o jornalista André Rizek, do SporTV, que em 2015 afirmou: “Luciano, manco, é melhor do Vagner Love”. O jornalista se retratou pela comparação infeliz. Também não se discute a estatura dos dois atacantes. Love tem uma carreira bem maior. Mas será que ele não acha que o colega Luciano, hoje no Fluminense, estava em melhor fase naquele ano?
O que me impressiona mesmo é uma indústria tão milionária, como a do futebol, não preparar seus “atores” para essas situações. Não falamos de pessoas simples. São pessoas públicas, que ganham milhões, que deveriam ser melhor preparadas para enfrentar as adversidades, mesmo que estas sejam, em muitos casos, injustas.
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