Palpiteiro que sou, eu tinha certeza de que a Argentina, por mais que tenha a seu favor um dos melhores jogadores de todos os tempos, não seria páreo para a Colômbia. Dito e feito. A minha maior dúvida era ver como seria o desempenho dos colombianos sob o comando do português Carlos Queiroz.
A questão era acompanhar como um treinador de conceitos pragmáticos faria com que os seus jogadores, que são criados para usar e abusar do futebol ofensivo, reagiriam a esperar o adversário, marcar forte para depois tentarem buscar os gols.
O entendimento dessa estratégia funcionou, mas é necessário fazer alguns ajustes. A Colômbia esperou a Argentina no seu campo de jogo e diminuiu os espaços de Messi e companhia. No primeiro tempo faltou a agressividade típica dos colombianos, que alia a habilidade no confronto mano a mano com a velocidade nas arrancadas da defesa ao ataque.
De positivo, o comportamento defensivo funcionou muito bem, obrigado, sem nenhum trabalho ao goleiro Ospina. Por causa disso, a etapa inicial foi de uma sonolência que fez muitos fãs de futebol sentirem falta do nosso surrado Campeonato Brasileiro.
O jeito que Queiroz gosta que as suas equipes atuem apareceu, enfim, na etapa final. A Argentina ousou um pouco mais, e as suas debilidades foram escancaradas. Assim, os colombianos venceram com dois belos gols, anotados pelos atacantes reservas Roger Martínez e Duván Zapata, cuja arquitetura dos lances aliou o posicionamento tático com o alto nível de seus jogadores do meio para a frente.
Uma olhada no caminho até a final desta Copa América, o palpiteiro aqui aposta em uma decisão Brasil e Uruguai, mas a Colômbia mostrou que tem bola para encarar os dois adversários. Porém, não vai ser fácil se tudo seguir como previsto. Primeiro, a equipe de Queiroz terá que passar pelos uruguaios em uma eventual semifinal. Contra o Brasil, a pressão vai ser enorme, mas quem quer ir longe não pode temer nada do que vem pela frente.
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