Anfitrião da Copa América, o Brasil fez sua estreia com vaias e vitória em São Paulo. Agora, em Salvador, busca construir uma relação melhor com as arquibancadas e assegurar sua classificação antecipada às quartas de final da competição.
Depois de superar as críticas ouvidas no intervalo e derrotar a Bolívia por 3 a 0 no Morumbi, na última sexta-feira (14), a seleção terá pela frente a Venezuela. Basta vencer o confronto, marcado para as 21h30 desta terça (18), na Fonte Nova, para que a vaga nos mata-matas do torneio continental seja confirmada com uma rodada de antecedência.
Com seis pontos, o time verde-amarelo se certifica de que ficará no mínimo com a segunda colocação do Grupo A, mas a busca não é apenas pela pontuação necessária. A expectativa é obter uma recepção mais calorosa do público baiano, algo que o juazeirense Daniel Alves, 36, colocou explicitamente: "Em São Paulo, é normal [ouvir vaias]. É sempre muito complicado jogar em São Paulo".
Já em Salvador, Daniel Alves procurou minimizar a crítica ao comportamento dos paulistanos, dizendo que se referia à distância maior da arquibancada para o gramado no Morumbi.
De qualquer maneira, ele espera uma atitude diferente dos torcedores na Arena Fonte Nova. Tite, 58 anos, não adotou a mesma linha, mas apontou que "o jogador sente, o treinador sente" a vaia. Para evitá-la, o técnico deverá finalmente contar com toda a formação titular que imaginou para a Copa América após o corte de Neymar. Arthur, que machucou o joelho direito no último amistoso preparatório e não pôde encarar a Bolívia, deverá voltar ao time.
Como ocorreu na estreia, a seleção deverá encontrar um adversário defensivo. A Venezuela estreou no 0 a 0 com o Peru, que nesta terça encara a Bolívia às 18h30.
"Jogar de igual para igual com o Brasil é uma loucura. Sabemos o que é o Brasil. Temos que tentar realizar nosso jogo, com muita segurança. Vamos enfrentar uma das melhores seleções do mundo. É um time fisicamente fortíssimo, modernizado, que realiza um jogo admirável", disse o técnico Rafael Dudamel, 46.
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