Quando as fichas apostavam que os astros do ataque do Liverpool, o egípcio Mohamed Salah e o senegalês Sadio Mané, conduziriam os seus país rumo ao reinado no futebol africano, eis que o esporte bretão, de novo, viu uma zebra dar o ar da graça e mostrar que no planeta bola, um campeão não pode ser apontado na véspera. Encerrada na sexta-feira (19), a Copa Africana de Nações, a Argélia conquistou o seu segundo título. O jejum foi encerrado após 29 anos de espera.
A frustração foi para os senegaleses, que ficaram pelo caminho em 2002, quando perderam o título para Camarões. Com uma proposta defensiva e letal nos contragolpes, a Argélia fez um gol logo início e suportou o bombardeio da equipe comanda por Mané.
Enquanto milhares de argelinos tomavam as ruas das grandes cidades do país, principalmente na capital Argel, na comemoração do título, os jogadores deram um show no pódio. Primeiro, quando alguns tocavam na taça antes que o capitão, o meio-campista Mahrez, da seleção se preparava para erguer o troféu, os organizadores se precipitaram e soltaram a fumaça e a chuva de papel picados.
Depois, no gramado, a disputa entre os atletas para tocar na taça prosseguiu com cenas de pastelão No empurra-empurra, a placa à frente onde os jogadores estavam para tirar a foto oficial despencou e eles tiveram que repetir a pose para que os fotógrafos registrassem a cena.
O feito da Argélia é um resgate do futebol do país, que viveu o seu auge, em 2014, no Brasil, quando passaram pela primeira vez às oitavas de final. Caíram diante de Alemanha (ah, o 7 a 1 de tantas lembranças). Os argelinos deram mais trabalho que o Brasil e perderam por 2 a 1, na prorrogação, no estádio do Beira-Rio.
Em 2017, no Gabão, os Zorros do Deserto caíram na primeira fase na Copa Africana, nas eliminatórias para a Rússia eles também dançaram. Agora, com esse título, os jogadores já tratam como obrigação voltar à Copa do Mundo. Para os argelinos, o Qatar é logo ali.
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