Chega como eu cheguei, pisa como eu pisei... Alô, povão, agora é fé! Imagine alguém que sempre sonhou em vestir a camisa do clube do coração? Imagine que esse cara é capitão da seleção brasileira, eleito há um mês o melhor da Copa América e considerado o melhor do mundo? Imagine ainda que esse time do coração é um gigante, dono da terceira maior torcida do país, mas que vive uma fase péssima, assistindo aos rivais se revezarem no lugar mais alto do pódio enquanto curte a maior fila dentre os chamados 12 grandes do país? Imagine que a negociação dá certo, a contratação é efetuada e, logo na primeira partida, em casa, com grande público, esse alguém faz o gol solitário da vitória.
“Nem nos meus melhores sonhos eu poderia imaginar isso”, declarou Daniel Alves, ainda no gramado, enquanto a torcida são-paulina comemorava a sofrida, apertada e fundamental vitória por 1 a 0 sobre o Ceará.
A verdade é que o São Paulo jogou quase nada. E o Ceará, melhor na maior parte do confronto, levou mais perigo e ainda foi prejudicado pelo apito (o encarnado e o lixo do VAR, que ignorara uma penalidade de Tiago Volpi, que atropelou Felippe Cardoso), mas o que ficará para a história é que os 47.705 torcedores no Morumbi viram Daniel Alves marcar o gol que decidiu a vitória tricolor em sua estreia.
Aliás, além do belo gol, que contou com a participação de Juanfran, outro estreante, foi do camisa 10 a primeira finalização, antes da primeira volta do ponteiro. Aí, no intervalo desse chute de canhota e do gol, o que se viu foi Volpi impedindo os visitantes de marcarem e posse de bola estéril dos mandantes.
E daí? O Tricolor ganhou! E, se não bastasse isso, a massa são-paulina, que já havia comemorado o empate palmeirense, pode festejar a vitória de Rogério Ceni, digo, do Cruzeiro em cima do líder Santos, combinação que trouxe o Tricolor, que quarta visita o Furacão para “pagar” o jogo a menos, na briga…
Franz Kafka: “Quando acreditamos apaixonadamente em algo que ainda não existe, nós o criamos. O inexistente é o que não desejamos o suficiente”.
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!
Destaques da 15ª rodada do Campeonato Brasileiro
Embolada brasileira
É difícil analisar a segunda derrota consecutiva santista sem levar em consideração a expulsão de Gustavo Henrique logo no primeiro ataque do Cruzeiro e a fraquíssima estreia do lateral Pará. O Santos, mesmo disputando uma única competição (a exemplo do São Paulo), terá muita dificuldade de manter a liderança nas 23 rodadas restantes do interminável Campeonato Brasileiro de pontozzz corridozzz. Resta saber quem se candidatará a ultrapassar o Peixe… Flamengo, São Paulo e Corinthians estão subindo de produção no pós-Copa América com a mesma consistência com a qual o Palmeiras perde terreno.
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