Descrição de chapéu Opinião

Claudinei Queiroz: Para o alto, e avante!

São Paulo

Os Jogos Pan-Americanos de Lima chegam ao fim no próximo domingo e o Brasil segue firme na briga para terminar a competição na segunda posição no quadro geral de medalhas, atrás dos imbatíveis EUA.
Isso só aconteceu uma vez nas 17 edições anteriores: em 1963, quando os Jogos foram realizados em São Paulo. Desde então, o máximo que o país conseguiu foi o terceiro lugar, atrás de Canadá ou Cuba. Foi assim nas últimas três edições, no Rio-2007, Guadalajara-11 e Toronto-15.

Pois desta vez vitaminado por ter sido a sede da Olimpíada de 2016, o Brasil está conseguindo pódios até então inalcançáveis. 

Pedro Gonçalves e Ana Sátila mostram suas duas medalhas de ouro conquistadas nas provas de canoagem nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru
São medalhas como as duas douradas de Pedro Gonçalves e Ana Sátila na canoagem slalom que ajudam o Brasil a se manter em segundo no quadro geral de medalhas no Pan - Jonne Roriz/COB

Um bom exemplo foi na ginástica artística masculina. Antigamente, os brasileiros chegavam para tentar um ou outro pódio. Este ano, acabou dominando as ações com quatro ouros e quatro pratas --com destaque para a dourada por equipes e no individual geral de Caio Souza.

Em boa parte, o sucesso em algumas modalidades também se deve ao fraco nível técnico dos rivais, que não mandam seus atletas principais. Com exceção dos Estados Unidos, que, mesmo com universitários, acabam entrando sempre com chances de vencer.

Sempre que não há algum evento mais importante, como os pré-olímpicos no vôlei e no basquete masculino, o Brasil manda seus principais atletas. E os resultados, muitas vezes, acabam confirmando o esperado, como o domínio de Hugo Calderano no tênis de mesa, de Isaquias Queiroz na canoagem, do handebol feminino, de Darlan Romani no arremesso de peso, de Ana Marcela Cunha na maratona aquática.

Isso sem falar nas modalidades que tradicionalmente fazem o país subir no quadro de medalhas, como judô, natação e iatismo. Nesta quinta-feira (8), por exemplo, o judô já conquistou duas douradas com Renan Torres e Larissa Pimenta, no primeiro dia de disputas. E o iatismo já tem três ouros assegurados para esta sexta (9), com possibilidade de conquistar mais sete pódios.

Mas os Jogos de Lima também estão mostrando que outras modalidades estão crescendo, como Ygor Coelho no badminton, Ana Sátila e Pedro Gonçalves na canoagem slalom, João Menezes no tênis e a nova safra de judocas e atletas.

Ainda falta muito para o país se tornar uma potência esportiva, mas pouco a pouco vamos chegar lá. 

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