É impensável um treinador que dirige um clube de ponta, com uma torcida exigente e fanática, passar três temporadas batendo na trave na busca por títulos. Só mesmo no futebol inglês isso é possível. No início, à frente do Manchester United, o escocês Alex Fergunson sofreu durante esse tempo até conseguir decolar e fazer dos Diabos Vermelhos uma potência.

Em Londres, o crédito do francês Arsene Wenger, no comando do Arsenal, também foi grande. O treinador, que permaneceu 22 anos no comando do clube, não teve o seu prestígio abalado entre 2005 e 2014. Nesses anos, a equipe passou em branco em todas as competições e poucos foram os torcedores que pediram a demissão do técnico.

Último exemplo de botar fé em um homem capaz de suportar a pressão e colher os frutos ocorreu com o Liverpool. O carismático Jürgen Klopp começou a sua jornada no clube em outubro de 2015. Apelidado pelos seus milhares fãs brasileiros de Klopão da massa, por seu jeito irrequieto, que mais parece um torcedor à beira do campo, o alemão chegou lá e recolocou um time inglês no topo do futebol da Europa.

Mesmo que ficasse com o vice pela terceira vez na Liga dos Campeões, Klopp estaria firme e forte para mais uma temporada à frente do Liverpool. Disparado o melhor treinador na atualidade, o alemão é endeusado pelos seus atletas, pois sabe como poucos tirar o máximo do potencial deles, basta ver o que ele fez com o egípicio Mohamed Sala e o senegalês Sadio Mané.

Com esse trio, o Liverpool é favorito nesta quarta-feira (14) no duelo com Chelsea pela decisão da Supercopa da Europa, que será disputada em Istambul, na Turquia.  Além de tentar se manter no topo no continente, os vermelhos vão à caça do Campeonato Inglês, que deve ter mais um duelo eletrizante com o Manchester City, de Pep Guardiola. Na primeira rodada, o time de Klopp venceu por 4 a 1, em casa, o Norwich. O rival mostrou que segue implacável e, como visitante, goleou, por 5 a 0, West Ham.