Na semana passada, falei sobre a nova oportunidade que a seleção brasileira masculina de basquete teria para voltar ao panteão dos melhores do mundo. Pois as três primeiras partidas na Copa do Mundo da China mostraram uma equipe tão madura em quadra que me fez ter esperança de que a chance está perto de ser aproveitada.

O que mais me chamou a atenção nessas vitórias brasileiras sobre Nova Zelândia, Grécia e Montenegro foi a confiança dos jogadores. Há muito tempo eu não via uma seleção de basquete do país atuar sabendo exatamente o que fazer para anular os adversários e com eficientes jogadas ensaiadas no ataque.

O responsável por isso se chama Aleksandar Petrovic. O treinador croata assumiu a seleção brasileira após os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro-2016 e conseguiu deixar todos os atletas praticamente no mesmo nível, física e tecnicamente, o que faz com que o time se mantenha equilibrado mesmo com os reservas.

Seu trabalho tático é claramente verificado pela forma como a equipe está jogando, mas o principal, a meu ver, é a confiança que ele deu para o grupo.

Mesmo na histórica vitória por 79 a 78 sobre a Grécia, do MVP da NBA Giannis Antetokounmpo, os jogadores não mostraram fraqueza em nenhum momento. Nem mesmo quando o time europeu abriu 17 pontos de vantagem no segundo quarto. O que poderia provocar uma queda de ânimo geral serviu na verdade de combustível para a reação.

Até mesmo com o técnico argentino Rubén Magnano, que elevou o nível do basquete nacional de 2010 a 2016, os jogadores não mantinham a confiança como demonstram agora. 

Do atual elenco, destaco a eficiência de Leandrinho no ataque, a defesa forte de Alex, a vontade e atleticismo de Bruno Caboclo e a experiência de Anderson Varejão.

Na segunda fase, o Brasil enfrentará a República Tcheca às 5h30 (de Brasília) deste sábado (7). Uma vitória já garante a vaga nas quartas de final. Continuo confiante, como a seleção.