Enquanto alguns clubes do interior ainda estão envolvidos com a Série B do Brasileiro, a Copa Paulista ou a Segunda Divisão estadual, outros já pensam nas três divisões da Série A do Campeonato Paulista do próximo ano.

O problema é que, pelo menos até a realização dos Conselhos Arbitrais, provavelmente no final de outubro, os seus participantes ainda são uma incógnita.

A parceria entre Red Bull e Bragantino atraiu olhares ávidos por uma vaga na elite. Há duas semanas, uma resolução da Federação Paulista de Futebol determinou que duas equipes controladas pelo mesmo grupo econômico podem disputar o Estadual, mas não permanecer na mesma divisão.

Ou seja, o Bragantino seria mantido na elite, enquanto o Red Bull Brasil, o melhor time da primeira fase da A-1 neste ano, precisaria ser relegado à Série A-2.

Felizmente, o documento afasta as esperanças de os rebaixados São Bento e São Caetano pleitearem a vaga. O mais justo é que o Água Santa, terceiro na A-2, herde o espaço vago na elite. Tudo muito simples, se não fossem as negociatas que ainda perpetuam no futebol tupiniquim e permitem compra de vaga por equipes mais abonadas financeiramente. A ver no que vai dar.

Além disso, o Barretos, terceiro na Série A-3, torce para que a empresa de energéticos desista de manter duas equipes em atividade. Nesse caso, o time da cidade da mais tradicional Festa do Peão conseguiria o acesso.

A Terceirona também não vai escapar das mudanças por força dos imbróglios extracampo. Condenado pelo TJD-SP (Tribunal de Justiça Desportiva) por suspeita de manipulação de resultados, o Batatais levou oito meses de gancho, ou seja, está fora de disputa em 2020. Assim, a tendência é que três —e não duas— equipes subam da quarta divisão. Quatro se o Red Bull desistir.

Só resta aguardar como a federação vai contornar tantos problemas nesse sobe e desce e lidar com o mimimi de quem se sentir prejudicado. É provável que o TJD-SP tenha muito trabalho antes mesmo do início das competições.