Apenas 70 km separam Bragança Paulista de Campinas. O abismo entre os clubes das duas cidades na Série B do Brasileiro, porém, é profundo.
De um lado, na terra da linguiça, o Bragantino voa na Segundona e poderá, nesta sexta-feira (13), abrir sete pontos de vantagem na liderança da competição. Mesmo que perca para o vice-líder Atlético-GO, ainda terá a ponta assegurada ao final da rodada.
A estrutura e o dinheiro vindo da parceria com o Red Bull, que superou até os grandes na primeira fase do último Paulistão, por enquanto, tem feito bem ao Massa Bruta.
Dentro de campo, a equipe do técnico Antônio Carlos Zago só perdeu 4 de 21 jogos e caminha a passos largos rumo ao acesso à elite nacional. Com o sucesso da equipe, mais de 6.000 torcedores vão apoiá-la a cada jogo, uma das melhores médias da Série B.
Já o Guarani, único campeão do Brasileirão do interior paulista, em 1978, naufraga na lanterna da Segundona —5 vitórias em 21 jogos e nem metade dos pontos do Massa Bruta (19 a 41).
Com o gigante Brinco de Ouro praticamente às moscas —a média de público é de 2.100 torcedores—, o clube alviverde acumula prejuízos a cada jogo.
Fora das quatro linhas, a situação não é diferente. Com gestores empresariais, o Bragantino conta com profissionais que prestam contas em cada área —fisiologia, nutrição, psicologia e coach— que envolve o futebol. Mais que isso, os dirigentes já traçam o planejamento para os próximos anos, incluindo a construção de um centro de treinamento de ponta e a melhoria do estádio Nabizão.
No Bugre campineiro, o ex-presidente demitiu todo mundo, inclusive ele próprio, e o único plano é achar um técnico que aceite treinar o clube e contratar e dispensar jogadores no meio do campeonato para escapar do rebaixamento.
Do jeito que a coisa anda, tudo indica que o Guarani terá de viajar os 70 km rumo a outra direção, a de Itu, para enfrentar o ascendente Ituano na Terceirona.
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