Um total de 241 atletas participaram da primeira edição da Olimpíada da era moderna, em Atenas-1896. Todos homens. Naquela época, as mulheres já praticavam algumas modalidades esportivas, mas não tiveram permissão para disputar os Jogos gregos.
A história começou a mudar no evento seguinte, em Paris-1900, quando 22 disputaram provas de golfe, tênis e iatismo. A partir de então, novas conquistas feministas vieram e o número de mulheres nas Olimpíadas também cresceu.
O grande salto, que mostrou que a mulher pode exercer praticamente todas as funções do homem, ocorreu durante a Primeira Guerra Mundial, nos anos 1920. Como os soldados foram para a batalha, suas mulheres tiveram de assumir funções nas fábricas, mostrando sua capacidade.
Desde os Jogos de Los Angeles-1984, a participação feminina disparou. Tanto que na Rio-2016, 45% dos atletas na Vila Olímpica eram mulheres. Em Tóquio, de 24 de julho a 9 de agosto do ano que vem, a porcentagem aumentou para 46%, com 48% de homens e 6% de provas mistas.
Será a primeira vez que uma Olimpíada terá menos da metade de participantes do sexo masculino. Já é um feito histórico em si, resultado de uma sequência de dez aumentos seguidos na proporção feminina.
Só para se ter uma ideia, há 40 anos, em Moscou-1980, menos de um quarto dos inscritos era composto de mulheres.
É uma vitória da sociedade moderna, que luta pela igualdade de gênero.
Em Tóquio, o número de eventos masculinos no boxe, canoagem e remo diminuiu para incluir categorias femininas nas mesmas provas. Além disso, os esportes que estreiam na capital japonesa (beisebol/softbol, caratê, skate, surfe e escalada esportiva) já entram no programa divididos entre homens e mulheres.
A tendência é que esse equilíbrio se mantenha, mas não me espantaria se em Paris-24 as mulheres já tiverem ultrapassado 50% da lista de inscritos. Competição é com elas!
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