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Mundo Olímpico: As mulheres tomarão as Olimpíadas de Tóquio

São Paulo

Um total de 241 atletas participaram da primeira edição da Olimpíada da era moderna, em Atenas-1896. Todos homens. Naquela época, as mulheres já praticavam algumas modalidades esportivas, mas não tiveram permissão para disputar os Jogos gregos.

A história começou a mudar no evento seguinte, em Paris-1900, quando 22 disputaram provas de golfe, tênis e iatismo. A partir de então, novas conquistas feministas vieram e o número de mulheres nas Olimpíadas também cresceu.

Considerada a melhor ginasta de todos os tempos, a norte-americana Simone Biles é figura certa no pódio dos Jogos de Tóquio, mostrando o poderio feminino
Considerada a melhor ginasta de todos os tempos, a norte-americana Simone Biles é figura certa no pódio dos Jogos de Tóquio, mostrando o poderio feminino - Thomas Kienzle - 8.out.19/AFP

O grande salto, que mostrou que a mulher pode exercer praticamente todas as funções do homem, ocorreu durante a Primeira Guerra Mundial, nos anos 1920. Como os soldados foram para a batalha, suas mulheres tiveram de assumir funções nas fábricas, mostrando sua capacidade.

Desde os Jogos de Los Angeles-1984, a participação feminina disparou. Tanto que na Rio-2016, 45% dos atletas na Vila Olímpica eram mulheres. Em Tóquio, de 24 de julho a 9 de agosto do ano que vem, a porcentagem aumentou para 46%, com 48% de homens e 6% de provas mistas.

Será a primeira vez que uma Olimpíada terá menos da metade de participantes do sexo masculino. Já é um feito histórico em si, resultado de uma sequência de dez aumentos seguidos na proporção feminina.

Só para se ter uma ideia, há 40 anos, em Moscou-1980, menos de um quarto dos inscritos era composto de mulheres.

É uma vitória da sociedade moderna, que luta pela igualdade de gênero.

Em Tóquio, o número de eventos masculinos no boxe, canoagem e remo diminuiu para incluir categorias femininas nas mesmas provas. Além disso, os esportes que estreiam na capital japonesa (beisebol/softbol, caratê, skate, surfe e escalada esportiva) já entram no programa divididos entre homens e mulheres.

A tendência é que esse equilíbrio se mantenha, mas não me espantaria se em Paris-24 as mulheres já tiverem ultrapassado 50% da lista de inscritos. Competição é com elas!

Claudinei Queiroz
Claudinei Queiroz

48 anos, é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, pós-graduado em Gestão de Marketing pelo Centro Universitário Senac e tecnólogo em Gestão do Esporte pela Universidade São Marcos. E-mail: claudinei.queiroz@grupofolha.com.br

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