A seis meses da Olimpíada de Tóquio, o grande assunto no mundo é o medo causado pela epidemia do novo coronavírus, o covid-19. Após surgir na China, a doença já chegou a mais de 30 países, inclusive no Brasil, e infectou, segundo as estatísticas oficiais, mais de 82 mil pessoas, matando cerca de 2.800.
Apesar dos números alarmantes, todos os governos estão agindo rapidamente para conter a onda de contágio. E como o covid-19 é mais transmitido em climas frios, a tendência é que a situação seja controlada conforme o inverno acaba nos países do hemisfério norte.
Como o Japão fica na parte de cima do planeta e os Jogos Olímpicos serão realizados durante o verão, a expectativa é que eles sejam disputados sem problemas.
Claro que todo cuidado é pouco e o comitê organizador já está trabalhando para evitar o pior. Isso porque uma Olimpíada faz circular centenas de milhares de pessoas pela cidade, além da população local.
Só de atletas serão 11.091, além de 4.400 na Paraolimpíada, em agosto.
Esta semana, o canadense Dick Pound, o membro mais antigo do COI (Comitê Olímpico Internacional), provocou alvoroço ao dizer que a entidade tem, no máximo, três meses decidir se haverá ou não os Jogos.
O comitê organizador respondeu rapidamente confirmando que não há a mínima intenção de cancelar o evento em Tóquio.
Como qualquer vírus da gripe, o covid-19 causa mais preocupação em idosos acima dos 80 anos e em pessoas que já sofram com problemas respiratórios. Por isso, a taxa de mortalidade da doença é de 3,4%, menor do que outros coronavírus conhecidos, como o Sars (9,56% de mortes) e o Mers (35%).
No caso dos atletas, o temor é minimizado, uma vez que possuem vida saudável e uma resistência acima dos cidadãos comuns.
Basta todos terem higiene para diminuir a chance de contágio, como lavar as mãos rotineiramente. Assim, mesmo que o covid-19 ainda esteja ativo em julho, os Jogos Olímpicos devem rolar como programado.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.